O suspeito de ameaçar e estuprar uma adolescente de 13 anos em um galpão abandonado, no bairro Antônio Bezerra, em Fortaleza, na última sexta-feira (1°) confessou ter cometido a ação criminosa. Ele "detalhou friamente o fato", segundo o comandante do 12º Batalhão de Polícia Militar (BPM), Hideraldo Bellini.
De acordo com o tenente-coronel, a PM recebeu denúncia anônima informando onde o suspeito morava, no bairro Nova Metrópole, em Caucaia, na Região Metropolitana. Lá, a namorada dele relatou aos agentes da Força-Tática que o homem estava na Praça da Bandeira, no Centro de Fortaleza, onde trabalhava como flanelinha. A composição foi ao local indicado e o prendeu, na manhã do último domingo (3).
"Ao ser mostrada a imagem dele com a adolescente, ele, de forma muito fria, narrou todo o fato, e informou que se drogou para fazer aquilo. Eu acredito que ele seja psicopata. Não só a vítima o reconheceu, como ele detalhou friamente o fato, como se tivesse contando uma história", explica o comandante do 12° BPM.
Entenda o caso
A vítima estava em uma parada de ônibus para se deslocar à casa da madrinha, quando foi ameaçada pelo suspeito com um gargalo de garrafa. Conforme a mãe da adolescente, o caso ocorreu em torno de 9h, e a vítima teria recusado a sua companhia para ir até a parada de ônibus. “Ela disse que passaram várias pessoas, mas ele disse que se ela tivesse alguma reação, ele furaria o pescoço dela”, ressaltou a mãe.
Imagens de videomonitoramento de um estabelecimento próximo obtidas pela Polícia Militar mostram os dois atravessando a Mister Hull em direção ao viaduto do Antônio Bezerra. O homem segura a adolescente com os braços em volta do pescoço dela.
Logo após a prisão do suspeito, no domingo (3), a vítima e a mãe dela estiveram na Delagacia de Defesa da Mulher (DDM), no bairro Couto Fernandes, em Fortaleza, para reconhecer o agressor e prestar depoimento, que subsidiarão as investigações. A adolescente fez exame de corpo de delito para constatar as agressões e já tomou medicações, e foi levada para casa.
Mãe da vítima
Ao Diário do Nordeste, a mãe da vítima contou que, na manhã do dia 1º, a adolescente pediu para ir à casa da madrinha. Por volta de 9h, ela recusou companhia até a parada de ônibus, na Avenida Mister Hull. “Ela disse: não, mãe, a rua está cheia de gente. Infelizmente deixei porque ela sempre tem costume de pegar esse ônibus”, lembra.
Enquanto esperava, outras pessoas da parada foram embora, e ela ficou sozinha. Um rapaz chegou ao local e começou a puxar conversa, perguntando onde ela morava. Em seguida, ele tirou um gargalo de garrafa do bolso e a ameaçou, mandando acompanhá-lo lado a lado.
A mãe estranhou que, cerca de duas horas depois, a menina não havia ligado para dizer que tinha chegado. Ela também não estava mais na parada. O celular da madrinha estava desligado.
Sem reação
Imagens de videomonitoramento de um estabelecimento próximo obtidas pela Polícia Militar mostram os dois atravessando a Mister Hull em direção ao viaduto do Antônio Bezerra. O homem segura a menina com os braços em volta do pescoço dela. “Ela disse que passaram várias pessoas, mas ele disse que se ela tivesse alguma reação, ele furaria o pescoço dela”, diz a mãe.
A menina foi conduzida até um galpão abandonado na área e, então, estuprada. Após o ato, o rapaz ordenou que a menina permanecesse onde estava. Contudo, ao não avistá-lo mais, ela correu, pulou um muro e acabou ferindo as pernas. A adolescente procurou ajuda de populares, que acionaram uma patrulha.