Grupo suspeito de fazer 2 mil vítimas no golpe do Minha Casa Minha Vida está em prisão domiciliar

O Poder Judiciário do Ceará decidiu que cada suspeito fosse fiscalizado por monitoramento eletrônico, em seus respectivos endereços

Os cinco suspeitos de participarem do golpe contra duas mil pessoas que sonhavam com a casa própria pelo Minha Casa Minha Vida (MCMV) foram soltos, e beneficiados com a prisão domicilitar. Por decisão do Poder Judiciário do Ceará, o grupo suspeito de integrar esta quadrilha passou menos de 100 horas na prisão.

No dia 2 deste mês de agosto, a Polícia Civil divulgou que a quadrilha foi desarticulada. Dois dias depois foi proferida a decisão pela ordem de liberação a favor do bando. Em 5 de agosto foi anexado aos autos que Wellington Fábio Lima, Sérgio Luiz Ferreira Rios Filho, Maria Clemilda Vasconcelos Borges, Ana Paula Clemente da Silva e Emerson Bento de Souza deveriam cumprir prisão domiciliar, cada um no seu endereço, sendo fiscalizados por monitoramento eletrônico.

De acordo com a investigação realizada na Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF), os suspeitos chegavam aos interessados, principalmente, pela divulgação 'boca a boca'. Os compradores precisavam pagar uma entrada e depois seguidas parcelas, sob a promessa que iriam receber um imóvel no Residencial Cidade Jardim II, no bairro Conjunto José Walter, em Fortaleza.

O titular da DDF, delegado Jaime de Paula Pessoa Linhares, afirmou que o prejuízo de cada uma das vítimas foi de R$ 500 a R$ 10 mil. Todos os suspeitos integram a Associação Realizando Sonhos. Ana Paula seria a presidente, e os demais colaboradores. O grupo deve responder por estelionato, associação criminosa, falsificação com uso de documentos públicos e particulares e falsidade ideológica.