Dupla condenada por latrocínio de empresário canadense é presa na Região Metropolitana de Fortaleza

Caso aconteceu em 2019, no Eusébio, no sítio de propriedade da vítima

Um homem de 28 anos e uma mulher de 27 anos foram presos pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) nos municípios de Aquiraz e Eusébio, na Grande Fortaleza. As identidades não foram reveladas.

A dupla estava com os mandados de prisão em aberto após serem condenados pelo latrocínio que culminou na morte do empresário canadense Walter Max Voigtlander, de 85 anos.

O caso aconteceu em 11 de dezembro de 2019. O homem foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão em regime fechado, enquanto a mulher deverá cumprir pena de 20 anos. As condenações de ambos saíram em novembro de 2020, junto de uma terceira pessoa, outra mulher, também envolvida no crime.

Os acusados foram presos após o latrocínio. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS-CE), o homem e a mulher estão em uma unidade policial e à disposição da justiça.

Apesar disso, o órgão não informou o porquê de a dupla estar em liberdade, mesmo após terem sido condenadas no fim de 2020. Também não há informações no que diz respeito à outra mulher que também foi condenada.

Relembre o caso

O crime acontecido em 2019 foi elucidado e resolvido em menos de um ano, mesmo no contexto da pandemia de Covid-19. À época, o latrocínio surpreendeu pela forma brutal pela qual foi encontrado o corpo do empresário.

Conforme informações da polícia, Walter Max Voigtlander era empresário e tinha negócios na região, e morava sozinho no sítio no distrito de Olho D'Água, a 20 km da sede de Eusébio.

“Ele estava amarrado, deitado de forma ventral, amarradas as mãos envoltas em um pilar, os pés também amarrados, com a boca tapada e com venda nos olhos”, disse o delegado do caso à época, Everaldo Lima, ao Sistema Verdes Mares.

O corpo estava em estágio avançado de decomposição, e a suspeita é de que o latrocínio tenha acontecido uma semana antes do dia em que o empresário foi encontrado.

Acusado era conhecido da vítima

Nas investigações, a polícia chegou ao filho do caseiro do sítio vizinho ao da vítima. Ele contou com a ajuda da namorada e de uma amiga para cometer o latrocínio.

Além de matarem o empresário canadense, a polícia afirma que os três, em depoimento, alegaram terem roubado R$ 139 em espécie e um aparelho antigo de celular.

O idoso era reconhecido no Eusébio por andar de bicicleta e manter um estabelecimento comercial no Centro da cidade, além de imóveis na região.

O empresário canadense mantinha o hábito de andar com o dinheiro em espécie, sendo este um dos fatos que contribuíram para que o filho do caseiro planejasse o crime, já que ele passava por dificuldades financeiras.