Com auxílio de cães farejadores, Bombeiros realizam buscas onde ocorreram crimes no Vila do Mar

Na madrugada desta segunda-feira (15), três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, foram executadas a tiros

O Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará (CBMCE) realizou, na tarde desta terça-feira (16), nova busca com o auxílio de cães farejadores para identificar se há mais vítimas do conflito entre facções no bairro Vila do Mar, em Fortaleza. 

A Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros saíram do local por volta das 14h52. Até o momento, não foram encontrados vestígios de corpos na região. 

Na madrugada desta segunda-feira (15), três pessoas, sendo dois homens e uma mulher, foram executadas a tiros na noite na região. O trio estava acompanhado de outras três pessoas. Destas, uma está desaparecida e duas mulheres, de 24 anos e uma adolescente de 17 anos, estão hospitalizadas com ferimentos. 

Segundo a Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE), o crime teria sido motivado por uma disputa entre facções rivais. Em nota, a Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) informou que um inquérito policial foi instaurado no  Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) com o intuito de apurar as circunstâncias dos casos. “Mais informações serão divulgadas posteriormente para não atrapalhar o andamento das investigações”, disse. 

Durante coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (17), a delegada descartou a participação desta sexta pessoa e informou que cinco era o total de vítimas que foram para a festa. 

Caso

Ainda conforme a Polícia, o grupo embarcou em um carro de aplicativo no bairro Papicu em direção ao Vila do Mar. Os militares, contudo, não esclareceram qual seria a finalidade das vítimas no local. 

A Polícia informou inicialmente que o motorista teria repassado informações do grupo a três homens de uma organização criminosa rival e de que este foi identificado como Antônio Mariano Neto. A informação, no entanto, foi corrigida nesta quarta-feira (17). 

Durante coletiva de imprensa, a titular da 8ª Delegacia do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Patrícia Aragão, esclareceu que o motorista de transporte por aplicativo não teve relação com o crime, ele apenas levou as vítimas ao destino

“Houve essa informação de que o motorista do veículo teria sido um indíviduo que estava tornozelado, mas não foi isso. As vítimas não conheciam o local e nem mesmo o motorista”, complementou a delegada. 

O homem citado erroneamente como o condutor do veículo, Antonio Mariano Neto, está preso após o recebimento de uma denúncia anônima e de averiguação eletrônica. Além dele, outros quatro também foram detidos por suspeita de envolvimento na ação.

"A gente identificou alguns dos autores desse crime através do reconhecimento das vítimas, e a Polícia, tanto a Militar quanto a Civil, conseguiu identificar os suspeitos, porque um deles, inclusive, estava tornozelado e através do sistema de monitoramento eletrônico conseguiu efetuar a prisão deles", disse a delegada. Os demais presos não tiveram a identidade revelada.