Cinco policiais militares foram presos em Fortaleza na 12ª fase da Operação Gênesis do Ministério Público do Estado do Ceará, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Eles são acusados de cometer crimes de organização criminosa, extorsão, tráfico, associação para o tráfico e comércio irregular de arma de fogo. Um sexto policial denunciado encontra-se foragido, conforme divulgado pelo órgão nesta quarta-feira (15).
As prisões foram efetuadas em parceria com a Coordenadoria de Inteligência (COIN) da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Ceará, com o apoio do Comando Geral da Polícia Militar.
Os seis policiais foram denunciados pelo Gaeco em junho de 2022. Na época, os pedidos de prisão preventiva e de busca e apreensão foram negados pela Justiça Militar. O MP recorreu da decisão e, no último dia 24 de abril, o Tribunal de Justiça deferiu os pedidos.
Investigação
Segundo as investigações, foi identificado o envolvimento de traficantes com policiais, que se estruturaram de forma organizada para realizar vários crimes.
Segundo o MPCE, a organização criminosa era integrada, em sua maioria, por agentes e ex-agentes de segurança pública do Estado, além de pequenos e médios traficantes locais. Juntos, eles praticaram crimes de extorsão, organização criminosa, comércio ilegal de arma de fogo e outras condutas correlatas.
Os alvos dos policiais eram escolhidos entre traficantes com considerável poder aquisitivo ou que já tinham alguma passagem pela polícia. Ainda conforme o MPCE, isso facilitava as exigências, as abordagens e o alcance das vantagens almejadas pelo grupo. Os agentes públicos tinham acesso ao sistema de informações da Polícia para selecionar as vítimas e planejar as ações.