Horta doméstica

Confira dicas de especialistas para fazer a sua própria horta.

Saber a procedência dos alimentos é um passo essencial para uma vida mais saudável. Nesse contexto, hortas caseiras se tornam cada vez mais comuns, especialmente para quem deseja um prato com alimentos frescos, cheio de nutrientes e livre de agrotóxicos.

Fonte de saúde na alimentação
Quem dá as dicas de hoje são os paisagistas João Jadão e Catê Poli, adeptos da prática de cultivar alimentos em casa. Com todos os benefícios para a saúde, João e Catê garantem que ter uma horta na residência é uma ótima atividade para toda a família. “Plantar, cuidar e ver o crescimento do alimento até o momento em que ele está no prato é muito especial, e toda a família pode participar e vivenciar esse processo”, conta Catê Poli.

Os profissionais ainda ressaltam que não é nada difícil ter uma horta em casa. “É claro que é preciso dedicar certo cuidado, principalmente com o cultivo, entender o que cada espécie precisa. Mas, com o tempo, você acaba pegando o jeito”, explica João.

Para quem deseja começar sua própria horta, com temperos, ervas e chás e aproveitar todos os benefícios dos alimentos feitos em casa, confira o guia com todas as dicas dos paisagistas:

1. Onde plantar?
A falta de quintal não é desculpa para não se ter uma horta em casa. Segundo os paisagistas, a plantação pode ser feita em qualquer cantinho, desde que tenha uma boa iluminação natural. “É imprescindível que o espaço receba a luz solar por cerca de duas a quatro horas por dia para que a planta cresça de forma saudável”, comenta Catê.

Em relação à plantação, a dupla afirma que pode ser feita diretamente na terra ou em vasinhos. João Jadão alerta que, na hora de plantar em vasos, eles precisam ter, no mínimo, 30 x 30 cm. “Os vasos pequenos não têm terra, nutrientes nem umidade suficiente e, por isso, não duram muito”, argumenta.

2. O que plantar?
Para os iniciantes, João indica que os legumes e as hortaliças têm um difícil cultivo, e que a melhor opção é começar por temperos, como manjericão, alecrim, sálvia, capim-limão, orégano e tomilho.

No caso do manjericão, por exemplo, é possível plantar a semente ou pegar ramos de plantas adultas, sendo ideal plantá-lo em temperaturas quentes. “A irrigação deve ser feita todos os dias para que o solo esteja sempre úmido e as folhas possam ser colhidas em cerca de dois meses”, ensina Catê.

Já no alecrim, a irrigação é mais frequente no início do plantio e deve ficar mais espaçada com o passar do tempo. “Após três meses, já é possível colher, mas não retire todo o ramo para não prejudicar o crescimento dos demais”, frisa a paisagista.

3. Outros cuidados
Para que o plantio e a colheita sejam satisfatórios, os paisagistas lembram que é preciso ter uma terra bem adubada e com boa quantidade de matéria orgânica. “Ela precisa estar solta e não pode ser argilosa ou arenosa para que as plantas nasçam bonitas e bem desenvolvidas”, pontua João.

Além disso, o tempo de colher depende de cada espécie. Mas não esqueça de regar, afofar e, se preciso, usar defensivos naturais para evitar possíveis pragas. “Temos alguns, feitos com fumo, que caem superbem nessa missão e não agridem”, cita Catê.