Cada vez mais em busca da identidade do cliente, profissionais optam por peças personalizadas. Nessa tônica, as esculturas ganham destaque na decoração. As do tipo figurativas realistas impressionam pela riqueza de detalhes. “O figurativo toma algo realista como base, assim pode ser da figura humana, de animais ou objetos”, explica o escultor Assis Filho, há nove anos no mercado, e especialista em esculturas figurativas realistas.
Ele diz que a procura por esculturas desse tipo está em alta. “Tem crescido o interesse das pessoas e dos profissionais por trabalhos desse estilo. Notamos uma adesão maior e a valorização do trabalho artístico e original que uma escultura pode trazer ao ambiente. Ela pode imprimir muito da personalidade de quem ocupa esse espaço, isso porque a escolha passa diretamente pelas preferências de cada um”, defende o artista.
“É interessante esse movimento de trazer outras expressões artísticas para o cotidiano das pessoas, quando as peças saem das galerias e exposições para ambientes em que há vida e uma relação de afeto com os espaços e as histórias de cada um. A arquitetura tem tido um olhar especial para isso”, acrescenta o profissional.
A arquiteta e urbanista Natália Benevides, da Coletânea Arquitetos, assinala que colocar uma escultura em um ponto de destaque na entrada do ambiente valoriza essas outras formas de expressão, principalmente em se tratando de um artista local. “As obras desse tipo [esculturas figurativas realistas] proporcionam personalidade ao projeto, dão e imprimem identidade ao ambiente. A arte traz o diferencial e o toque de sofisticação que buscamos na hora de adornar os espaços”, pontua a arquiteta.
Concepção
Produzidas manualmente, as peças de arte podem partir de ideias dos artistas ou dos compradores [encomendas].
Assis Filho afirma que tanto há demanda por parte dos arquitetos como dos clientes. “Normalmente, a maioria das demandas é para residências. Quando comerciais ou corporativos, normalmente entram em ambientes como recepções, para agregar positivamente logo na entrada”, informa a profissional.
“Quando estamos concebendo o projeto, buscamos fazer a curadoria das obras de arte durante a elaboração das imagens 3D. Buscamos sempre estar em contato com os artistas e as galerias para ter em nosso repertório soluções reais e propor ao cliente itens que sejam fáceis de encontrar e acessíveis para cada realidade, sem falar das peças por encomenda, normalmente pensadas para situações que exigem uma exclusividade maior”, opina Natália Benevides.
“Os colecionadores, por exemplo, costumam conhecer e apreciar meu trabalho por meio das redes sociais, por galerias ou por indicação de algum outro cliente. Os profissionais, como os arquitetos e os designers de interiores, procuram as obras de acordo com o projeto, quando visitam o ateliê”, complementa o escultor Assis Filho.
No caso de encomenda, ele orienta que, apesar de ser uma encomenda, é preciso dar liberdade para o momento da criação, para uma interpretação do pedido. “Nesses casos, o cliente deve passar todas as informações possíveis, como fotografia e referências, o que puder ajudar nessa inspiração e no entendimento da ideia. No caso de retratos, as fotos e os vídeos ajudam muito. Se a pessoa a ser retratada estiver viva e não for um presente surpresa, podemos trabalhar ainda com o retratado posando no ateliê”, explica o artista.
Dicas
Confira as dicas dos profissionais para quem quer ter esculturas figurativas realistas em casa ou no ambiente corporativo:
. Colocar em um ponto de destaque do projeto, protegido de possíveis avarias, e orientações quanto à manutenção, limpeza etc., além da trajetória da peça. “É muito importante que o cliente saiba toda a história que resulta na concepção daquela obra, o conceito e a linha de trabalho do artista”, aponta Natália Benevides, arquiteta e urbanista da Coletânea Arquitetos.
. A escolha de uma obra é algo bem pessoal. “Então, é importante pesquisar pelos artistas, conhecer os perfis e os estilos, conhecer a história por trás de um trabalho. As visitas às galerias, aos ateliês e aos museus ajudam muito nesse processo de conhecer artistas e obras”, indica Assis Filho, especialista em esculturas figurativas realistas.