Como escolher os móveis da área externa

Especialistas trazem orientações para quem precisa selecionar peças para os diversos ambientes das edificações.

Ter uma área externa, seja em uma casa ou apartamento, implica em cuidados especiais, já que esse ambiente será afetado pelas intempéries climáticas, como sol, chuva e ventos. É importante se atentar a isso: se os móveis da área externa não forem resistentes, em pouco tempo será preciso substituí-los.

Para quem está em busca da melhor composição, os arquitetos e designers Luciana Pitombo e Felipe Stracci, do escritório Plantar Ideias, são especialistas no assunto, afinal, têm experiência em assinar grandes projetos e em desenvolver peças para área externa. Eles destacam algumas dicas para ajudar quem busca entender e escolher os melhores móveis para esses espaços.

Critérios
Antes de sair às compras, a sugestão dos profissionais é realizar uma reflexão para entender qual será a frequência do uso das peças e também do espaço. O próximo passo é analisar quais intempéries precisam ser superadas. “Em geral, os excessos de sol e chuva são os maiores desafios para os mobiliários externos”, explica Felipe Stracci.

Cores
Outra recomendação dos profissionais é evitar os tons avermelhados, pois tendem a desbotar mais rapidamente, mesmo que o mobiliário apresente uma boa qualidade na composição da própria estrutura. Ao partir para outras cores, evita-se o risco de, em um curto espaço de tempo, a peça apresentar características de envelhecimento e sujeira.

Materiais
Atualmente, existe uma grande variedade de mobiliários produzidos com corda – opção que, além de muito confortável, é leve e bastante resistente. Os móveis feitos de madeira tratada e apropriados para áreas externas costumam ser boas pedidas e são acompanhados por almofadas. O peso das peças também apresenta grande relevância na constituição das áreas externas. A utilização do alumínio para a produção de espreguiçadeiras e mesas pode tornar o material muito leve e sujeito a ‘voar’, no caso de ventos fortes. “Em nosso trabalho de criação, pensamos em materiais que evitem acidentes com pessoas ou animais”, relata Luciana Pitombo.

Função
Ela e Felipe Stracci ainda indicam uma observação bastante relevante sobre a função do mobiliário em projetos de áreas externas: “os móveis devem compor a paisagem e não assumir o papel de protagonistas na cena”, definem. Muitas vezes, o excesso ou o tamanho mal dimensionado pode, por exemplo, bloquear a visão de uma varanda, um deck ou um jardim.

Peças que não podem faltar
Móveis resistentes, confortáveis e com um belo desenho são as premissas das peças feitas para a área externa. Esta área pede móveis concebidos para que seus usuários desfrutem das sensações de bem-estar e relaxamento que integram a proposta do projeto. “Gostamos muito de contar com banquinhos e pufes pequenos que possam ser utilizados de diversas formas: para sentar, fazer as vezes de mesa lateral, apoiar o uso do notebook ou mesmo como suporte de plantas”, opina Luciana Pitombo.

Saiba mais
Fibras naturais ou sintéticas

As fibras, naturais ou sintéticas, são muito bem-vindas nos móveis para ambientes externos. Elas dão um toque rústico e elegante ao espaço, se destacando pelas tramas bem elaboradas. As naturais mais encontradas são o rattan, o vime e o junco. As sintéticas são, geralmente, produzidas em plástico, mas possuem beleza semelhante, com a vantagem de serem mais resistentes e oferecerem maior durabilidade às alterações climáticas.

Tecidos
Móveis para ambientes externos que ficam total ou parcialmente ao ar livre devem ser feitos de tecidos resistentes ao sol e que possuam rápida secagem. Materiais sintéticos, vinil e couro náutico são os mais utilizados na área externa, porque normalmente esses tipos de tecidos possuem estabilizadores UV, que resistem ao desbotamento proporcionado pelo sol, e repelem a água, evitando a imersão nas fibras e promovendo uma secagem rápida. Esses tecidos são impermeabilizados, fáceis de lavar e mais resistentes ao calor e à umidade.
Fonte: blog.cristianocec.com.br