O vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) considera uma "tendência mundial" a redução da jornada de trabalho de seis dias ativos para um de descanso, o chamado "6x1", que está em debate atualmente no Congresso.
"Não foi ainda discutido [internamente no Governo], mas acho que é uma tendência no mundo inteiro. À medida que a tecnologia avança, você pode fazer mais com menos pessoas, ter uma jornada menor. É um debate que cabe à sociedade e ao parlamento a sua discussão", disse o vice-presidente, que também é ministro da Indústria e Comércio.
Alckmin foi questionado sobre o assunto durante uma entrevista na Conferência do Clima das Nações Unidas, a COP 29, no Azerbaijão. A informação foi publicada pelo g1.
Nessa terça-feira (11), o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho (PT), comentou nas redes sociais que "a questão da escala de trabalho 6x1 deve ser tratada em convenções e acordos coletivos de trabalho", contudo, acredita que "a redução da jornada para 40h semanais é plenamente possível e saudável, quando resulte de decisão coletiva".
Não há, ainda, um entendimento formal e consensual do Governo Federal sobre o assunto.
Proposta do Legislativo
O possível fim da jornada 6x1 ganhou destaque nas redes sociais nos últimos dias a partir de uma iniciativa da deputada federal Érika Hilton (Psol-SP), que tem recolhido assinaturas para apresentar à Câmara uma proposta de redução da carga máxima de trabalho de 44 horas para 36 horas semanais.
O texto, que ainda não tramita na Casa Legislativa, objetiva alterar a escala de trabalho atual para um modelo em que o trabalhador tenha até três dias de folga na semana, incluindo o fim de semana.