O atual presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), deve mesmo viajar para Miami, nos Estados Unidos. Segundo portaria publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (30), ele deve embarcar para o país norte-americano logo após encerrar o mandato como chefe do Executivo nacional. E permanecerá fora até 30 de janeiro, pelo menos.
O despacho é assinado pelo secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência, Mário Fernandes, e trata do afastamento de oito servidores públicos que farão a segurança pessoal de Bolsonaro nos Estados Unidos.
"Para realizar o assessoramento, a segurança e o apoio pessoal do futuro ex-presidente da República Jair Messias Bolsonaro, em agenda internacional a realizar-se em Miami/Estados Unidos, no período de 1º a 30 de janeiro de 2023, incluído o período de deslocamento, com ônus", escreveu Fernandes no documento.
A portaria indica, assim, que Bolsonaro não estará presente na posse do presidente eleito e diplomado, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e, consequentemente, não fará a tradicional passagem da faixa presidencial na cerimônia de posse.
O último dia de trabalho de Bolsonaro à frente do País será sábado (31). Domingo, o País passa a ser comandado por Lula.
Segurança reforçada
O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) já havia publicado, na última quarta-feira (28), uma determinação para que a sargento do Exército brasileiro, Aline Amancio de Oliveira, viajasse para Miami para fazer a "segurança familiar" de Bolsonaro.
Mesmo fora da Presidência, Bolsonaro tem o direito de manter assessores com dinheiro público, desde que seja publicado em Diário Oficial.