Silvio Almeida assumiu o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, na manhã desta terça-feira (3). Na cerimônia, o advogado, filósofo e professor universitário fez um discurso forte, afirmando ter recebido “um ministério arrasado”. Ele ainda ressaltou que a pasta é uma “questão central” para o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“É um momento que a responsabilidade que assumo se torna visível e concreta. Eu acho que vai ser uma coisa muito boa e um bom combate. Nunca imaginava que tantas pessoas pudessem vir hoje. Isso demonstra que para o novo governo é uma questão central”, disse Almeida.
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O novo ministro ainda fez críticas à gestão passada e prometeu maior combate a discursos de ódio e ao preconceito.
“Conselhos foram diminuídos, politicas descontinuados e orçamento reduzido. A gestão passada tentou extinguir a comissão de mortos e desaparecidos. Todo ato ilegal baseado no ódio e preconceito será revisto", afirmou.
Veja promessas de Silvio Almeida para a pasta:
- Criar um programa de proteção de defensores dos direitos humanos;
- Garantir o funcionamento dos órgãos colegiados da pasta;
- Dar condições para haver funcionamento dos mecanismos de combate à tortura;
- Prestigiar a recém-instituída secretaria de pessoas LGBTQIA+ e recriar o conselho de políticas LGBTQIA+;
- Elevar e recuperar o protagonismo do País nos direitos humanos, no aspecto internacional, e reativar as políticas de cooperação internacional;
- Avançar nas políticas para pessoas com deficiência e criar um plano nacional de combate ao capacitismo.
Silvio Almeida também ressaltou a importância de um homem preto como ele assumir a pasta dos Direitos Humanos.
“Assumo a função de ministro tendo a consciência de que não faço só e nem por mim. Sou fruto de um povo que nunca se rendeu. Luiz Gama disse que tinha um sonho de ver as terras sem reis e escravos. Irmãos e irmãs que estão aqui, jamais se enganem sobre a força de nossos ancestrais”, discursou.
“Hoje, um homem preto, ministro de Estado, a serviço de uma luta que também foram dos nossos antepassados”, asseverou.