Roberto Jefferson tem possível traumatismo craniano após queda e deve ser examinado fora da prisão

A orientação médica é de que ele passe por avaliação tomográfica do crânio

Após queda na cela e possível traumatismo craniano, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTBSP) pediu autorização ao Supremo Tribunal Federal (STF) para realizar exames fora da prisão. Ele está detido no Complexo de Gericinó, em Bangu, desde outubro do ano passado por descumprir ordens judiciais e atacar policiais federais que tentavam prendê-lo. 

Por meio de laudo médico, a Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ) orientou que ele passe por avaliação tomográfica do crânio.

O STF autorizou neste domingo (4) a transferência do ex-deputado para um hospital particular na Zona Sul do Rio de Janeiro.

Roberto teria desmaiado na sexta-feira (2) e ficado desorientado, apresentando hematoma, além de “apatia, insônia, distúrbio depressivo, inapetência (falta de apetite) e dificuldade de ingestão alimentar”. 

Ele foi atendido no Hospital Penitenciário Hamilton Agostinho, onde recebeu encaminhamento para exame de tomografia de crânio “em caráter de urgência”, além de avaliação neurocirúrgica.

O laudo foi enviado a pedido do ministro do STF Alexandre de Moraes, que demandava informações sobre o estado de saúde de Roberto. A defesa do ex-deputado já havia alegado “risco de vida” anteriomente, além de “gravíssimo estado de saúde” ao requerer a sua transferência para o Hospital Samaritano, também no Rio.

O STF aguarda, agora, manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

Estado de saúde

Antes do desmaio, o ex-deputado chegou a ser levado ao mesmo hospital “em decorrência de queda importante do estado geral” na última terça-feira (30). De lá, foi para consulta no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros, também no Complexo de Gericinó, onde foi constatado quadro de depressão.

Jefferson estaria ouvindo "vozes com mensagens inconsistentes com a realidade”. Em decorrência do quadro depressivo, ele deixou de se alimentar corretamente e perdeu 16,5 kg em sete meses. 

Na avaliação da Seap-RJ, a rede de segurança "não dispõe dos meios para ofertar ao paciente o adequado cumprimento das medidas”.