Reunião de Cid e aliados para definir futuro partidário é oficializada para segunda (18)

Encontro deve definir nova sigla à qual senador irá se filiar

A reunião do senador Cid Gomes (PDT) com prefeitos e lideranças políticas nos municípios para anunciar uma nova filiação partidária já tem data e local para ocorrer. Remarcado duas vezes, o encontro deve ocorrer no auditório de um prédio empresarial na Av. Barão de Studart, no bairro Meireles, na próxima segunda-feira (18), às 17h. 

A reunião deve contar com a presença dos prefeitos que anunciaram que vão deixar o PDT com Cid. Até então, 43 nomes são contabilizados.  

Além deles, também devem comparecer deputados estaduais e federais que devem deixar a legenda. Diferente dos prefeitos e do senador, que podem se desfiliar a qualquer momento, os parlamentares devem recorrer à Justiça.

Nessa quinta-feira (14), deputados estaduais da legenda protocolaram uma petição no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) solicitando o fim do vínculo partidário, sob a justificativa de "perseguição" e com prerrogativa de possuírem cartas de anuência. A medida, todavia, será contestada pela Executiva Nacional "até a última instância", conforme afirmou o deputado federal André Figueiredo — que é presidente nacional interino do partido. 

De saída

Apesar de ainda estar na presidência do PDT Ceará, o senador Cid já declarou que não se sente mais pertencente ao partido. Desde que concedeu carta de anuência ao presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), deputado Evandro Leitão — que vai se filiar ao PT—, em agosto, a crise interna com a ala pedetista de Figueiredo se intensificou. 

A permanência de Cid no comando do PDT Ceará, inclusive, vem sendo questionada na Justiça.  

Nas últimas semanas, o ex-governador tem se encontrado com várias lideranças em Brasília de olho em uma nova agremiação para receber o seu grupo político. Esse, inclusive, foi o motivo alegado para o segundo adiamento da reunião. 

Ele tem dialogado com a sigla como PT — onde já até recebeu convite do presidente Lula por meio do ministro Camilo Santana, mas sofre resistência de alguns petistas —, com o PSB e Podemos.