A Prefeitura de Camocim declarou, na tarde deste domingo (14), três dias de luto na cidade após a morte de quatro policiais civis durante a madrugada. Os agentes de segurança foram surpreendidos por um colega de corporação que, no dia da folga, foi até a delegacia da cidade e atirou contra os policiais civis que estavam no local.
"Cientes de que o triste acontecimento abala não apenas os envolvidos, mas todo o tecido social de nossa cidade, a Prefeitura de Camocim decreta Luto Oficial de 3 dias", diz publicação da prefeitura do município.
A prefeitura se coloca ainda "à disposição de todos, para ajudar no que for preciso".
"Vocês, profissionais da segurança, que tanto fazem pelo bem-estar de nossa população, merecem nosso mais profundo respeito, admiração e reverência, não apenas neste momento de luto, mas em todos os dias de nossa jornada. Desejamos aos familiares, amigos e companheiros de trabalho das vítimas toda a força, neste momento de tanta dor", completa a publicação.
Prefeita de Camocim, Betinha Magalhães também se manifestou a respeito da tragédia, por meio das redes sociais. "Deixo aqui a minha solidariedade, às famílias atingidas por essa tragédia, e digo que hoje o nosso Camocim chora por cada uma dessas famílias", afirmou.
Mais cedo, o governador Elmano de Freitas (PT) também havia prestado solidariedade às famílias e disse estar "absolutamente consternado" com a morte dos policiais. "O Governo do Ceará dará todo o apoio necessário aos familiares das vítimas".
A senadora Augusta Brito (PT), além de deputados federais e estaduais também falaram sobre o crime e manifestaram solidariedade às famílias das vítimas. Além disso, parlamentares também cobraram cuidado às saúde mental dos agentes de segurança.
ENTENDA O CASO
Quatro policiais civis foram mortos a tiros dentro da Delegacia Regional de Camocim, disparados por um policial civil que também é lotado no município, mas que estava de folga neste domingo.
Após cometer os crimes, o policial fugiu em uma viatura da delegacia e abandonou o veículo em uma unidade de saúde da região. Depois disso, o suspeito, que não teve sua identidade revelada oficialmente até o momento, se entregou e permanece preso no quartel da Polícia Militar na cidade.