Após vir à tona a presença do então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, no Planalto, em 8 de janeiro deste ano, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a quebra do sigilo das imagens das câmeras de segurança do prédio naquela data. O despacho foi feito nesta sexta-feira (21).
Além disso, indicou que a Polícia Federal (PF) colha depoimentos de servidores da pasta que foram flagrados no episódio de ataque golpista para a "aferição das condutas individuais".
"Determino a quebra do sigilo da divulgação das imagens do dia 8/1/2023 do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto em poder do GSI, com o envio a esta Suprema Corte, em 48 horas, de todo o material existente, observada a preservação integral das imagens, que será aferida em posterior perícia, para efeito de preservação da cadeia de custódia", determinou Moraes.
No início da semana, a CNN Brasil divulgou vídeos do circuito interno do Palácio do Planalto que mostravam que o ex-titular do GSI, general Gonçalves Dias, estava presente no local e interagindo com os manifestantes. O ministro deixou o cargo com a repercussão.
Processo
O caso entrou no radar de Moraes porque ele é relator de investigações sobre a invasão aos prédios dos Três Poderes, em Brasíliao.
Além das imagens de Dias, há vídeos de servidores do GSI conversando com os invasores extremistas. É o caso do major José Eduardo Natale, que chega a oferecer água aos manifestantes.
Por causa disso, o ex-ministro do Gabinete prestou depoimento à Polícia Federal nesta sexta, que demorou cerca de 5 horas. Ele entrou e saiu da sede sem falar com a imprensa.