A população de Jaguaruana, no litoral leste cearense, deve ir novamente às urnas no próximo dia 7 de novembro para escolher o novo prefeito da cidade. Nesta quarta-feira (29), o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), o desembargador Inácio de Alencar Cortez Neto, determinou a data para a realização do novo pleito.
No último dia 8 de agosto, o prefeito eleito no ano passado, Roberto Barbosa Moreira, conhecido como Roberto da Viúva (PDT), e a vice-prefeita Flávia Façanha (PSB) tiveram o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Irregularidade
A Justiça Eleitoral entendeu que a vice-prefeita não se desligou de um cargo comissionado que ocupava como assessora parlamentar na Assembleia Legislativa do Ceará três meses antes das eleições.
Já o prefeito Roberto da Viúva, reeleito em 2020, também enfrentou ações judiciais por ter contas desaprovadas no Tribunal de Contas do Estado do Ceará (TCE) na gestão anterior.
O imbróglio envolvendo a dupla se estende desde a campanha, tanto que ambos os candidatos nunca conseguiram assumir o mandato em 2021 em razão dos problemas judiciais. Desde janeiro, o presidente da Câmara Municipal, José Elias Oliveira, conhecido como Elias do Sargento (PCdoB), está à frente da Prefeitura.
Eleições suplementares
A cidade de Jaguaruana será a quarta a ter novas eleições neste ano. No mês passado, os municípios de Martinópole, Missão Velha e Pedra Branca foram os primeiros a realizar eleições suplementares no Ceará em 2021.
Em Martinópole, após a cassação de James Bel (PP), por abandono de cargo público quando era professor da rede municipal, a população elegeu seu aliado, Betão Souza (PP).
Em Missão Velha, Dr. Lorim (PDT) foi eleito vencendo Fitinha (PT), que em 2020 era vice do eleito e cassado Dr. Washington (MDB), que teve contas de um convênio com o Governo Federal reprovadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) quando foi prefeito em outra gestão.
Em Pedra Branca, o eleito no início do mês foi Matheus Góis (PSD). Ele é filho de Antônio Góis (PSD), ex-prefeito que em 2019 renunciou ao cargo para escapar de processo de cassação por parte da Câmara Municipal, o que foi visto como uma manobra passível da punição de inelegibilidade pela Justiça Eleitoral.