Izolda anuncia saída do MEC e ‘abre leque’ para disputar eleição em Sobral: ‘É possível'

Ex-governadora do Ceará não informou a data em que deixará a Pasta, mas disse que decisão atende a pedido do PSB

Ex-governadora do Ceará e atual secretária executiva do Ministério da Educação (MEC), Izolda Cela (PSB) deixará a Pasta federal até o início de junho para manter em aberto a possibilidade de disputar a eleição deste ano. A informação foi confirmada pela ex-governadora do Ceará em entrevista na saída de audiência na Comissão de Educação e Cultura no Senado Federal nesta terça-feira (16).

Como a gestora tem domicílio eleitoral em Sobral e deve deixar a função no Governo Federal a menos de seis meses do pleito eleitoral, ela poderá disputar apenas os cargos de prefeita ou vice-prefeita, caso seja confirmada como candidata na Cidade.

Izolda, no entanto, nega qualquer tratativa concreta ou interesse pessoal em disputar o mandato. 

“Não tem uma intenção ou um plano definido de candidatura, mas o partido solicita a desincompatibilização para abrir uma possibilidade, abrir o leque de opção, porque, do contrário, já está ali na barreira”, disse.

“Então, assim, é possível, embora também não esteja já, vamos dizer, definido e programado. Eu estou abrindo esse leque porque, às vezes, quando acontece…”
Izolda Cela (PSB)
Ex-governadora do Ceará e atual secretária executiva do MEC

SUCESSÃO EM SOBRAL

Atualmente, a cidade é comandada por Ivo Gomes (PSB), irmão caçula do senador Cid Gomes (PSB) e do ex-ministro Ciro Gomes (PDT). A cidade é berço político do grupo Ferreira Gomes e, inclusive, já foi governada pelo marido de Izolda, Veveu Arruda (PT). 

Em 2022, Izolda foi cotada como candidata do PDT à reeleição para o Governo do Ceará. Contudo, o nome escolhido pela sigla acabou sendo o do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT). A decisão provocou o rompimento de uma aliança histórica entre PT e PDT no Ceará e dividiu os pedetistas — com a ala ligada a Cid Gomes deixando o partido, agora dominado pelos aliados de Ciro Gomes.

À época, Izolda se desfiliou do PDT e só passou a integrar um novo partido em fevereiro deste ano, quando se filiou ao PSB, seguindo o mesmo rumo de Cid.

“Eu tenho lidado com essas situações como uma convocação para determinadas tarefas e missões. Isso tem acontecido. É como eu digo, eu não tenho aquela deliberada intenção de ser candidata, isso realmente eu não tenho, eu não lido com isso. Eu estou muito concentrada no trabalho intenso aqui no Ministério”, concluiu.