Destituído da presidência do PDT Ceará nesta segunda-feira (2), o senador Cid Gomes acusou o presidente nacional da sigla, o deputado federal André Figueiredo (PDT), de ter quebrado um compromisso com ele e seus correligionários.
Em julho deste ano, os dois dirigentes partidários haviam firmado um acordo em que Figueiredo, que também é presidente do PDT Ceará, tiraria uma licença para que Cid, vice-presidente, assumisse o comando da sigla até dezembro. Com a crise interna no partido aumentando, o deputado federal retomou a presidência no Estado.
“Ele tinha pedido uma licença pessoalmente, acho que não tem nada irregular em ele resolver voltar. Isso quebra um compromisso, havia um compromisso de que ele se licenciaria e eu ficaria na presidência até o final de dezembro. Eu, em troca, assumiria o compromisso de que ele seria eleito presidente para o mandato seguinte”
O senador disse ter sido pego de surpresa com a decisão do correligionário. “Ele, sem me avisar, não recebi nenhuma (informação), vi pelos outros, ouvi, achei estranho, me surpreendi, vou reunir as pessoas para ver o que a gente faz”, comentou.
Reunião com aliados
No início da tarde desta segunda (2), Cid convocou uma reunião com pedetistas aliados. Foram ao encontro os deputados estaduais Osmar Baquit, Guilherme Bismarck, Guilherme Landim, Romeu Aldigueri e Antônio Granja, além do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão.
Se deslocaram com Cid os deputados federais Eduardo Bismarck, Leônidas Cristino, e o vereador Léo Couto.
Cid disse que pretende conversar sobre os rumos políticos do grupo e do PDT. “Não tomo decisão isolada, não estou nisso por questão pessoal e individual, estou nisso por questão partidária, porque me preocupo com o partido porque as pessoas”, concluiu.