Com dois dos três vereadores eleitos pelo PSB deixando a legenda para buscar outras agremiações para a disputa na Capital, o presidente do partido em Fortaleza, Osmar de Sá Ponte, reconheceu que "está difícil" montar uma chapa competitiva com candidatos para a Câmara Municipal de Fortaleza.
Mesmo com as perdas, ele destacou que a sigla pretende emplacar pelo menos quatro parlamentares ao Poder Legislativo de Fortaleza. Em 2020, a legenda elegeu os vereadores Léo Couto, Eudes Bringel e Fábio Rubens. Estes dois últimos devem deixar a legenda por estarem mais próximos da gestão do prefeito José Sarto (PDT) — Fábio Rubens, inclusive, é secretário da Regional 8 e já anunciou que vai para o PDT.
No início da atual legislatura, o PSB integrava a base do prefeito, mas a legenda passou para a oposição após o racha entre o PDT com o PT no Governo do Estado na eleição de 2022 e os impactos da votação da taxa do lixo. Todavia, nem todos os correligionários se identificavam com a posição. O vereador Moura Taxista, suplente em exercício na vaga de Fábio Rubens, também deve deixar a legenda.
"Nós elegemos três, alguns, inclusive, de extrema-direita — que estão saindo do partido, e nós não temos nenhuma saudade deles. O Léo continua. O Eudes está saindo, é uma pessoa que é sintonizada com o PSB, está saindo por outros motivos, para sair pelo PSD, acho que vai para lá. Não tenho nenhuma crítica a ele. Mas teve gente que lá não rimava muito com o partido como nós somos", destacou Osmar.
Apesar disso, o dirigente ressaltou que alguns outros parlamentares em exercício na Casa têm se aproximado da legenda.
"Eu acredito que alguns vereadores estão querendo se aproximar do partido", acrescentou.
Diminuição de candidaturas
Segundo o presidente da legenda, no pleito deste ano deve haver diminuição na quantidade de candidaturas para vereador lançada por todos os partidos, em relação ao montante de 2020. Questionado sobre o motivo, ele não soube definir.
"Eu acho que nós precisamos descobrir. Nós estamos percebendo que a diminuição de candidatos, em relação às eleições passadas, é grande. Isso vai impactar as chapas para vereador. Acho que as pessoas estão percebendo que política não é uma coisa tão fácil assim, é algo complicado e é trabalhoso", analisou.
Ainda conforme o dirigente, "está difícil" até para o partido que está no comando da máquina municipal.
"Geralmente o partido que está no poder tem uma facilidade imensa de formar a chapa, e está vendo que não está tão fácil, que está difícil"
Por conta da dificuldade, ele vê a meta do PSB ambiciosa, mas realista, colocando o partido em uma posição "grande".
"Nós estamos passando por um período de desafio para formar essa chapa. Hoje, quem tem uma chapa que vai eleger cinco ou seis vereadores é um partido grande, porque não é fácil. E nossa meta é essa", frisou.