Eleições 2024: quais as cinco campanhas mais caras de parlamentares eleitos em Fortaleza

Diário do Nordeste lista maiores arrecadações entre os que foram escolhidos para o Legislativo de Fortaleza

Os 43 vereadores eleitos para a Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) no último dia 6 investiram quantias expressivas para colocar suas campanhas nas ruas. Entre estratégias de financiamento coletivo e recursos doados por partidos políticos, não foi difícil ver entre os escolhidos nas urnas receitas na casa das centenas de milhares de reais.

Nesta matéria, o Diário do Nordeste lista os valores arrecadados por cada uma das campanhas vencedoras da disputa proporcional, destacando as cinco maiores em volume de dinheiro.

As informações divulgadas neste texto consideram os dados disponibilizados pelos candidatos e candidatas até a última quinta-feira (17), quando o levantamento foi realizado no DivulgaCand, mantido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). 

Os dados disponíveis na plataforma da Justiça Eleitoral ainda não estão consolidados. O prazo para prestação de contas encerra no dia 5 de novembro para os postulantes do primeiro turno e 20 de novembro para os que concorreram ao segundo turno.

A reportagem não explorou o aspecto dos gastos de cada candidatura, já que, por conta da não consolidação, não seria possível estratificar com exatidão quanto cada uma executou.

As cinco maiores

O maior arrecadador foi Erich Douglas (PSD), que apontou ter conseguido de receita para a campanha R$ 712 mil. R$ 630 mil foi apenas de doação do partido e os outros R$ 82 mil foram doados por pessoas físicas. Ele recebeu 13.250 votos.

A segunda maior arrecadadora foi Bella Carmelo (PL), que conseguiu R$ 682.564,00 em receita. A sigla dela direcionou R$ 642,5 mil em doações. Pessoas físicas doaram mais R$ 40 mil. A candidata foi eleita vereadora com 28.138 votos. 

Os volumes adquiridos por cada um deles, Erich Douglas e Bella Carmelo, é superior ao limite de gastos para essa eleição, que foi de R$ 680.627,69. 

Pelo que prevê a Justiça Eleitoral, o excedente ou o que não foi gasto deverá ser devolvido ao órgão partidário — se for proveniente do Fundo Partidário, as chamadas sobras de campanhas — e para o Tesouro Nacional — se tiver vindo do Fundo Eleitoral. 

Procurado pela reportagem, Douglas informou que “o valor excedente ao limite já foi devidamente devolvido via GRU (Guia de Recolhimento da União)”, seguindo orientação do contador responsável pela gestão dos recursos de campanha. 

Bella também foi indagada, por intermédio da assessoria de comunicação do PL Ceará, para que pudesse dar detalhes sobre o processo. Entretanto, não houve uma resposta da equipe até a publicação desta matéria. O conteúdo será atualizado caso haja alguma devolutiva.

Em terceiro lugar no ranking de receitas está Ronaldo Martins (Republicanos), com um volume de R$ 501,8 mil. Aproximadamente R$ 454,8 mil vieram da sigla dele, R$ 19,4 mil de pessoas físicas, R$ 27,4 mil foram de recursos próprios e R$ 140 de financiamento coletivo. Ele teve 20.288 votos. 

Em seguida, na quarta posição, está Julierme Sena (PL), com a receita de R$ 405 mil. Do somatório, R$ 400 mil foram doados pelo Partido Liberal e R$ 5 mil de recursos do próprio candidato. Ele obteve 10.391 votos.

Fechando a lista, na quinta colocação, aparece Wellington Sabóia (Podemos), que arrecadou R$ 340 mil. Todo o recurso disponibilizado veio do partido de Sabóia. O saldo de votos dele foi de 11.014.

A média de orçamento que os ganhadores do pleito proporcional tiveram em mãos foi de R$ 192.146,00 — o número apontado considera a soma de todo o dinheiro e a divisão desse montante pelo número de parlamentares eleitos. 

Veja a lista completa:

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