O senador Eduardo Girão (Podemos) protocolou recentemente requerimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o crime organizado no Brasil. O documento, segundo o parlamentar, foi assinado por 34 senadores — são necessárias 27 assinaturas, pelo menos, para instaurar a comissão. Uma reunião entre o senador e o presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) está marcada para esta terça-feira (12).
A assessoria de imprensa de Girão informou que Cid Gomes (PDT) e Tasso Jereissati (PSDB), os outros dois senadores que compõem a bancada cearense no Senado, não assinaram o pedido.
Nas redes sociais, Girão justificou que a "guerra entre as facções criminosas" alavanca o número de mortes violentas no Norte e no Nordeste do País desde 2016. Ele aproveitou ainda para disparar contra o ex-governador Camilo Santana (PT), afirmando que, no Ceará, há um "estado paralelo" comandado pelo crime e que "comunidades inteiras estão sob o domínio de facções" devido à "omissão" do petista.
"Temos expectativa de que essa CPI técnica possa contribuir para estancar essa pandemia e devolver a paz aos cidadãos de bem desse país", afirmou o senador.
No Ceará, o debate sobre a segurança pública é o que mais acirra a disputa eleitoral. Isso, porque o principal opositor ao Governo atualmente é o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), aliado político de Girão, que tem o tema como uma de suas principais bandeiras.
Abrangência
Além do Ceará, o requerimento aponta a existência de domínio de organizações criminosas nos estados do Acre, Amazonas, Pará, Pernambuco e Rio Grande do Norte.