Deputados seguem em disputa por 25 cargos de liderança na Alece; veja destaques

Presidente da Casa, Evandro Leitão afirmou que definição do comando de comissões e outras estruturas do legislativo estadual devem durar todo mês de fevereiro

Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão (PDT) afirmou que as definições sobre o comando de estruturas vinculadas ao Parlamento estadual devem se estender por todo o mês de fevereiro. Ele cita 25 "estruturas" da Casa, que devem ter, nas próximas semanas, as "acomodações políticas" discutidas pela Mesa Diretora e pelos partidos e blocos partidários.

O número une às presidências das 20 comissões temáticas da Assembleia Legislativa – das quais duas estão sendo criadas neste ano – e outros órgãos vinculados, como a Procuradoria Especial da Mulher, a Escola Superior do Parlamento Cearense (Unipace) e o Instituto de Estudos e Pesquisas para o Desenvolvimento do Estado do Ceará (Inesp). 

Ele explicou que o principal critério para a distribuição será a proporcionalidade das bancadas na Casa.

"O nosso regimento diz que, preferencialmente, temos que respeitar a questão da proporcionalidade e esse será o principal critério. Se existir um bloco partidário que tenha quinze deputados, terão mais comissões do que um que tenha cinco, seis deputados".
Evandro Leitão
Presidente da Assembleia Legislativa do Ceará

Como as negociações devem durar todo o mês de fevereiro, as comissões temáticas da Casa devem ser instaladas apenas no dia 1º de março, segundo o próprio Evandro Leitão. 

Entre as comissões temáticas estão, por exemplo, Constituição e Justiça – mais disputada entre parlamentares –, Trabalho e Direitos Humanos, além de duas novas, criadas nessa legislatura: a de Turismo e Serviço e a de Proteção Social e Enfrentamento à Fome.

'Acomodações políticas'

Apesar de evitar falar sobre quem deve assumir a presidência das comissões ou o comando de outras estruturas importantes do parlamento, algumas negociações estão encaminhadas. 

Conforme adiantado pelo colunista Inácio Aguiar, o deputado estadual Júlio César Filho (PT), que foi líder do Governo nas gestões de Camilo Santana (PT) e Izolda Cela (sem partido), deve assumir a Comissão de Constituição e Justiça

Ainda na solenidade de posse dos deputados estaduais, a deputada Lia Gomes (PDT) anunciou que iria assumir a Procuradoria da Mulher. A perspectiva é de que ela comande o órgão no primeiro biênio da legislatura, enquanto a deputada Larissa Gaspar (PT) deve assumir nos dois últimos anos. 

Para agora, Gaspar afirmou que deve assumir a comissão de Proteção Social e Enfrentamento à Fome – um dos colegiados criados em 2023. 

Segunda maior bancada da Assembleia Legislativa, a federação formada por PT, PCdoB e PV deve ficar com, pelo menos, três presidências, podendo chegar a quatro – incluindo a de Constituição e Justiça e a de Agricultura, segundo o líder da bancada, deputado De Assis Diniz. 

Maior bancada da Casa, o PDT deve lutar para manter seis presidências de comissão, como tinha na legislatura passada. A informação foi dada ainda na solenidade de posse, no dia 1º de fevereiro, pelo deputado Guilherme Landim (PDT).   

Outros partidos também começam a se articular para ocupar espaços. Fernando Hugo (PSD) citou, por exemplo, que a bancada do PSD quer ficar com o comando da Comissão de Defesa do Consumidor e da Escola Superior do Parlamento Cearense.

Já o União Brasil deve ficar com pelo menos uma presidência pela proporcionalidade, que ficará a cargo do deputado Firmo Camurça (União), mas o deputado Sargento Reginauro (União) também tenta, pela experiência na área, assumir a comissão de Segurança.