Cidades com destinos turísticos no Ceará devem adequar as festividades do final do ano às orientações do governador Camilo Santana (PT) após declaração contra realização de grandes eventos no Réveillon e no Carnaval no Estado. Apesar da orientação, a expectativa é de que haja programação promovida por empresas, que devem atrair turistas para Capital e Interior.
A declaração de Camilo ocorreu em meio a um contexto no qual diversas prefeituras já organizam o calendário das festas típicas de fim e início de ano. Em Fortaleza, por exemplo, ainda não há definição sobre a realização de Réveillon e Carnaval.
Apesar disso, o prefeito José Sarto (PDT) recentemente sinalizou que uma comissão trabalha com a possibilidade de realizar a programação, desde que os participantes comprovem terem completado o esquema vacinal.
Segundo ele, a meta é chegar a dezembro com 100% de imunização no público "vacinável", ou seja, aqueles para os quais é garantido o uso das vacinas atualmente desenvolvidas.
Municípios
Em Beberibe, no litoral norte do Estado, a prefeita Michele Queiroz (PL), de acordo com a assessoria, está "organizando burocraticamente" o município para que ocorram as festas. Apesar de a Prefeitura estar seguindo as orientações do governador, os preparativos não foram paralisados após a fala de Camilo.
Já no município de Guaramiranga, a prefeita Roberlândia Ferreira (PDT), também através de assessoria, explicou que a prefeitura não irá promover as festividades. "Iremos exigir o passaporte da vacina em hotéis, pousadas e comércios", salientou ainda o informe.
Em Jijoca, onde está localizada a praia de Jericoacoara, o Poder Público informou que não promoverá programação de Réveillon e Carnaval. No entanto, a expectativa é de que haja festas particulares no local, que irão atrair número significativo de visitantes.
Declaração
Na manhã desta segunda (22), Camilo explicou que a fala se deu pela falta de controle absoluto diante do tamanho do público normalmente esperado para esses eventos, que varia entre 100 mil e 500 mil pessoas.
O governador pontuou ainda que acompanha o que está acontecendo em outros países que enfrentam novo aumento nos índices de casos, óbitos e internações em leitos de terapia intensiva (UTIs) devido à Covid-19.