Cearense envolvido em tentativa de atentado em Brasília é convocado pela CPMI do 8 de janeiro

Jornalista Wellington Macedo de Souza já havia sido preso em setembro de 2021 e está foragido após retirar tornozeleira eletrônica

Um cearense está entre os convocados pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos golpistas de 8 de janeiro na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Um dos réus pela tentativa de explosão de caminhão-tanque na capital federal, o jornalista Wellington Macedo de Souza está foragido desde dezembro de 2022. 

Ele é uma das 36 pessoas convocadas para depor na condição de testemunha na CPMI — os requerimentos foram aprovados na sessão desta terça-feira (13). Também foram convocados nomes como do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, e do tenente-coronel Mauro Cid.

Os demais suspeitos de envolvimento no atentado com bombas a Brasília em dezembro também estão na lista de convocados. 

Segundo as investigações, Wellington seria o responsável por ajudar a colocar a bomba em um caminhão com querosene, estacionado próximo ao aeroporto de Brasília.  Ele teria usado o próprio carro para transportar Alan Diego dos Santos, que carregava o artefato explosivo. Ao encontrarem o veículo de grande porte carregado com o líquido inflamável, o cearense reduziu a velocidade do automóvel e o mato-grossense teria colocado o objeto sobre ele. 

Por conta de uma falha técnica na montagem, a explosão acabou não se concretizando.

Macedo havia sido preso anteriormente, em setembro de 2021, por suspeita de articular e financiar atos contra a democracia — realizados em 7 de setembro daquele ano. Em outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica. 

Contudo, o cearense retirou a tornozeleira de forma ilegal. 

Wellington Macedo foi candidato a deputado federal pelo PTB, nas eleições gerais do ano passado. Ele é apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro e chegou a integrar o quadro de comissionados do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos dissolvido no início de 2023, que era comandado por Damares Alves.