O prefeito José Sarto (PDT) comentou, nesta quinta-feira (15), sobre a ruptura do seu então grupo político, que o alçou ao Paço Municipal, após vencer o 2º turno das eleições de 2020, composto por lideranças como ex-governador e atual ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e o senador Cid Gomes (hoje no PSB). Nas palavras do gestor, o conflito fez com que ficasse sozinho.
"Quando assumimos, em 2021, já era a segunda onda da pandemia. E eu tenho dito, não faço nenhuma reserva, que meus amigos que me convidaram para ser o candidato de um projeto, brigaram. Meu amigo Camilo brigou, meu amigo Ciro (Gomes) brigou, meu amigo Roberto Cláudio brigou, meu amigo Elmano (de Freitas) brigou. Brigaram e me deixaram a ver navios", pontuou, ao ser entrevistado no PontoPoder.
Sarto ainda fez um comparativo entre seus anos de gestão e o período de governo na Capital de prefeitos anteriores, como Roberto Cláudio (PDT) e Luizianne Lins (PT), respectivamente.
"Cá estou eu, com zero anos de apoio do governo federal e zero anos de apoio do governo estadual. Ou seja, minha situação é completamente diferenciada em termos de gestão", salientou. Em 2021, no primeiro ano de gestão, Sarto e o então governador Camilo Santana eram aliados, mas relação acabou no ano seguinte.
A ruptura entre o PT e o PDT aconteceu em 2022, diante da disputa pela indicação da candidatura ao Governo do Estado. O contexto, pelo que avaliou o pedetista, foi de uma "ambiência hostil", entretanto, como uma devolutiva, o governo municipal apresentou resultados favoráveis nos últimos anos, segundo ele.
"Fortaleza hoje, como resposta a tudo isso que está colocado aí, é o terceiro PIB do Norte e Nordeste. Lideramos a economia, temos o maior PIB da região, R$ 73,4 bilhões", frisou, mencionando outros feitos.
Apesar do saldo positivo, ele disse não haver como ignorar as circunstâncias. "Meus amigos brigaram quando me convenceram a ser candidato, que eu reunia as melhores condições. Aí, pronto, resolveram brigar. E fiquei cá na terra, sozinho, a lutar pelo fortalezense", reforçou logo em seguida.
Questionado sobre qual leitura faz da sua administração, Sarto ponderou que costuma ser crítico quanto a si, mas que o cenário faz com que se sinta bem avaliado. "Dada essa conjuntura que falei, para quem tem 75% do plano de governo aprovado, já realizado, eu me avalio positivamente", completou.