Bolsonaro se manifesta e ataca Moraes após ser indiciado pela PF: 'Faz tudo o que não diz a lei'

Ex-presidente declarou que irá esperar orientações do advogado para um pronunciamento oficial

O ex-presidente Jair Bolsonaro se posicionou após ser indiciado pela Polícia Federal por três crimes. Em entrevista ao Metrópoles, concedida nesta quinta-feira (21), ele atacou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, dizendo que ele "faz tudo o que não diz a lei"

Bolsonaro foi indiciado por organização criminosa, tentativa de golpe de Estado e abolição violenta do Estado Democrático de Direito, conforme o g1.

"O ministro Alexandre de Moraes conduz todo o inquérito, ajusta depoimentos, prende sem denúncia, faz pesca probatória e tem uma assessoria bastante criativa. Faz tudo o que não diz a lei", disse Bolsonaro sobre Moraes. 

Ele ainda declarou que irá esperar orientações do advogado para posteriormente se manifestar sobre o indiciamento. 

"Tem que ver o que tem nesse indiciamento da PF. Vou esperar o advogado. Isso, obviamente, vai para a Procuradoria-Geral da República. É na PGR que começa a luta. Não posso esperar nada de uma equipe que usa a criatividade para me denunciar".
Jair Bolsonaro
Ex-presidente

Entenda o caso

A Polícia Federal revelou, na última terça-feira (19), um plano de atentado contra presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice Geraldo Alckmin (PSD), arquitetado por integrantes da gestão do ex-presidente Bolsonaro, enquanto ainda estavam à frente do Governo, em 2022. O planejamento incluía mortes por envenenamento ou "uso de químicos para causar um colapso orgânico". 

Os investigados na Operação Contragolpe são, em sua maioria, militares com formação em Forças Especiais. Além disso, a PF descobriu que havia um plano operacional detalhado, chamado "Punhal Verde e Amarelo", previsto para ser executado no dia 15 de dezembro daquele ano, específico para executar o presidente e o vice eleitos.

Também estava nos planos dos militares executar Alexandre de Moraes, caso o golpe de Estado fosse consumado.