O deputado federal e presidente nacional em exercício do Partido Democrático Trabalhista (PDT), André Figueiredo, anunciou nesta segunda-feira (2) o retorno ao cargo de dirigente estadual da sigla no Ceará. Em nota enviada a imprensa, o parlamentar afirmou que a decisão se deve a tentativas "sem sucesso de reestabelecer a união partidária".
"Agradeço aos préstimos do Senador Cid Gomes pela interinidade, mas entendendo o clamor de quem vem construindo o partido há quase quatro décadas e sentindo a necessidade dessa compreensão, voltamos para conduzir os rumos do Partido Democrático Trabalhista no estado", disse Figueiredo no comunicado.
De acordo com ele, há um desejo em se esforçar na busca do apaziguamento das relações e o estabelecimento de uma unidade na legenda. "Consideramos fundamental a manutenção de um projeto que trouxe e continua trazendo grandes avanços para toda a população cearense, e trabalharemos pelo fortalecimento da presença pedetista no Executivo e Legislativo em todos os municípios do Ceará", pontuou.
O retorno do político para a direção da legenda se dá após o acirramento dos ânimos entre o seu grupo e o do senador Cid Gomes. Figueiredo é contrário ao retorno do PDT para a aliança antes formada com o Partido dos Trabalhadores, posição defendida pelo ex-governador cearense.
Última reunião de Cid
Na última sexta-feira (29), os membros do diretório se reuniram a portas fechadas. A pauta do encontro não foi divulgada. Contudo, conforme apurou o Diário do Nordeste, o diretório previa discutir a oficialização do apoio dos parlamentares da sigla ao governador Elmano de Freitas (PT).
Hoje, o PDT adota uma postura oficial de independência em relação ao Governo do Estado. Mas a bancada da legenda na Alece já é composta, na maioria, por membros da base. Exemplo disso é o líder de Elmano, o deputado Romeu Aldigueri, que é pedetista.
A reunião da semana passada contou com a presença dos dois dirigentes trabalhistas que agora representam lados antagônicos no embate interno e foi a primeira depois da concessão da carta de anuência ao presidente da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), Evandro Leitão, para a saída do partido.