Após o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, testar positivo para Covid-19, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou, nesta quarta-feira (22), que a comitiva que acompanhou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Nova York, Estados Unidos, fique em isolamento ao desembarcar no Brasil.
O avião presidencial com o gestor do Executivo federal decolou na noite de terça-feira (21) dos EUA e pousou no início da manhã desta quarta-feira em Brasília.
Na recomendação da agência o nome de Bolsonaro não é citado, mas conforme interlocutores do órgão, ouvidos pelo jornal Folha de S. Paulo, a orientação deveria se aplicar também ao presidente.
Segundo a agenda do mandatário, ele tem uma reunião prevista com o subchefe para assuntos jurídicos da Secretaria-Geral da Presidência Pedro Cesar Sousa, no final da tarde. Procurada pelo jornal Metrópoles, a Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) não informou se o presidente cumprirá o isolamento.
Na nota divulgada, a Anvisa orienta que os membros da comitiva brasileira devem cumprir um período isolamento de 14 dias, "nos termos do Guia de Vigilância Epidemiológica para Covid-19 publicado pelo Ministério da Saúde".
Bolsonaro foi a cidade norte-americana para participar da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), onde fez um discurso defendendo o tratamento precoce da Covid durante a abertura do evento.
Conforme a Anvisa, a recomendação de isolamento para os membros da missão que estiveram com Queiroga foi encaminhada à Casa Civil da Presidência.
A agência determinou quatro recomendações a serem seguidas pelos representantes brasileiros que acompanharam o presidente na viagem aos Estados Unidos. São elas:
- Os membros da comitiva devem desembarca no Brasil de forma a expor o mínimo possível o ambientes e as pessoas;
- Cumprir o período de isolamento de 14 dias após o último dia de contato com o caso confirmado de Covid-19 [Queiroga], conforme o Guia de Vigilância Epidemiológica para Covid-19 publicado pelo Ministério da Saúde;
- Cumprir o isolamento na cidade de desembarque no Brasil, evitando novos deslocamentos até que tenham ultrapassado o período de transmissibilidade do vírus;
- Serem novamente testados para a doença em solo brasileiro.
Adicionalmente, após do desembarque da comitiva brasileira, a Anvisa propõe que seja realizada a limpeza e desinfecção da aeronave conforme os protocolos de higienização.
Outro membro da comitiva com Covid-19
Além de Queiroga, um diplomata brasileiro que organizou viagem de Bolsonaro testou positivo para a doença no último sábado (18), em Nova York.
Conforme fontes ouvidas pela CNN, o representante trabalha no cerimonial do presidente da República no Palácio do Planalto. O diplomata só tomara a primeira dose da vacina contra o coronavírus.