Presidente do PDT Ceará, o senador Cid Gomes (PDT) disse, nesta terça-feira (21), que sua ala na sigla deve encontrar um novo partido até o próximo dia 4 de dezembro. Na semana passada, 43 prefeitos da sigla, alinhados ao senador, anunciaram que deixarão o partido. Na última sexta-feira (17), o pedetista recebeu um convite para se filiar ao PT.
A proposta de reunir Cid e seus aliados no Partido dos Trabalhadores foi anunciada pelo ministro da Educação, Camilo Santana (PT), e teria partido do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Nesta terça-feira, o senador disse que enviou mensagem a um assessor o chefe do Executivo nacional e pediu uma reunião com o presidente.
“Sinceramente, eu entendo a manifestação feita pelo governador Camilo como uma expressão do presidente Lula como um gesto de gentileza, de atenção e de acolhimento em uma hora em que eu estou passando, eu digo eu, mas eu represento um grupo que está passando por um processo doloroso, delicado. Estamos sendo, em outras palavras, expulso do partido, expulsos, até essa expressão, expulsão, já houve ameaça”
Cid ainda ressaltou que fez um “pacto” com os prefeitos, deputados estaduais, federais e suplentes. “A nossa decisão será tomada coletivamente, não vai ser minha decisão, será coletiva”, ressaltou.
Dia D
Conforme o presidente do PDT Ceará, nesta quarta-feira (22), haverá uma reunião de deputados estaduais e federais com presidentes de partidos. O encontro faz parte das articulações da ala cidista para definir um novo partido. O senador evitou revelar a lista de dirigentes com quem irá conversar.
“Temos uma data que, pelo meu gosto, é uma data limite para resolvermos o nosso futuro, que é o dia 4 de dezembro. Se Deus quiser, vamos ter as condições de decidirmos qual será o nosso caminho no dia 4 de dezembro”
Cid reforçou que o prazo não é “fatal”, mas uma “meta”. “É um prazo, até porque, para os que vão participar da eleição do ano que vem, isso é uma decisão crucial, embora, no calendário eleitoral, a filiação para quem vai participar do processo eleitoral é em 4 de abril, mas os partidos estão se movimentando”, disse.
“Eu também não quero prolongar essa agonia. Ninguém fica tranquilo na indefinição. As pessoas querem ter uma certeza”, concluiu.