Senado: saiba como votaram os cearenses na eleição que definiu Pacheco como presidente
Apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o senador mineiro venceu a colega Simone Tebet (MDB-MS), que contou com a desistência de três candidatos em seu favor e com o voto de dois dos três senadores cearenses
Por 57 votos a 21, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) foi eleito presidente do Senado Federal pelo próximo biênio. Candidato apoiado pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ele derrotou a senadora Simone Tebet (MDB-MS). Dos senadores cearenses, Cid Gomes (PDT) apoiou o senador mineiro, enquanto Tasso Jereissati (PSDB) e Eduardo Girão (Podemos) manifestaram voto para Tebet.
Cid Gomes
O senador Cid Gomes afirmou recentemente que “qualquer um dos dois (Pacheco ou Tebet) representaria bem o Senado, mas acabou declarando voto no senador do DEM.
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“O arco de forças que está em torno da candidatura do Rodrigo, muito em função do Davi (Alcolumbre), porque ele foi um presidente habilidoso, é muito eclético. Você vai ter desde um partido em que está filiado o filho do presidente (da República) até o PT, passando pelo PDT. Mais do que uma notícia de que tem o apoio do Bolsonaro, a gente sabe que o Rodrigo tem um comportamento, ao longo desses dois anos, que é de independência, que é o que nós queremos”, disse Cid em entrevista ao Diário do Nordeste.
Tasso Jereissati
Os outros dois senadores cearenses apoiaram a candidatura de Simone Tebet. No mês passado, Tasso Jereissati (PSDB) comparou a emedebista à presidente da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, a democrata Nancy Pelosi.
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“Acabei de assistir à posse do presidente Biden. Vitória da Democracia contra a negação da ciência e dos nossos valores. Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Estados Unidos, foi um pilar dessa resistência. Mulher, corajosa e independente, Simone Tebet será a nossa Nancy Pelosi”, escreveu o senador nas redes sociais.
Eduardo Girão
Já Eduardo Girão (Podemos) destacou que Pacheco representa o “continuísmo” e os “engavetamentos sucessivos”, afirmando que o senador representa uma “coleira” do Planalto no Senado. Ele destacou o comprometimento de Simone Tebet com temas como o “combate à corrupção e à impunidade”.
Em entrevista recente ao Diário do Nordeste, afirmou: “Acredito que ela representa a alternância de poder, uma independência que hoje o Senado não tem. Preparada, muito sensível à opinião pública, isso é muito importante”.
Ausências na votação
Três dos 81 senadores não participaram da votação por estarem de licença. Jaques Wagner (PT-BA) e Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) estão afastados por motivos de saúde. Já o senador Chico Rodrigues (DEM-RR) pediu afastamento por 121 dias após ter sido flagrado com grande volume de dinheiro em espécie na cueca, durante operação da Polícia Federal em outubro do ano passado.
Encerrada às 18h40m, a votação foi secreta e aconteceu com distribuição de cédulas aos senadores presentes no plenário e em outros pontos da Casa, como a Chapelaria, assim como pelo sistema de “drive thru”, pelo qual os parlamentares puderam votar de dentro dos seus carros, na área externa do Congresso Nacional.
Inicialmente, Jorge Kajuru (Cidadania-GO), Lasier Martins (Podemos-RS) e Major Olimpio (PSL-SP) seriam candidatos, mas, na reunião preparatória que antecedeu a votação, eles subiram à tribuna para abrir mão da disputa em favor de Simone Tebet.