Daniel Silveira tem contas bloqueadas nas redes sociais após nova decisão do STF

Instagram, Facebook e Twitter do deputado do PSL receberam bloqueio após parlamentar atacar Corte e defender ditadura militar em vídeo

Escrito por Estadão Conteúdo ,
Deputado Daniel Silveira (PSL) na Câmara dos Deputados
Legenda: Além da prisão, o vídeo lhe rendeu uma denúncia, formalizada pela Procuradoria-Geral da República, por grave ameaça e incitação de animosidade entre o STF e as Forças Armadas.
Foto: divulgação/Câmara dos Deputados

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, nesta sexta-feira (19), deixar indisponíveis os perfis do deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ) no Instagram, no Facebook e no Twitter. A ordem de bloqueio das contas se dá depois de o parlamentar divulgar um vídeo com ataques aos integrantes da Corte e em defesa da ditadura militar.

A assessoria de imprensa do deputado informou que as contas foram fechadas e falou em censura. "O Instagram do deputado Daniel Silveira foi totalmente fechado para seus seguidores, ou seja, CENSURADO. Estamos testando as demais plataformas", diz um comunicado publicado no Twitter minutos antes do perfil também ser retido.

A reportagem entrou em contato com o Instagram e Facebook, que não comentaram o bloqueio. O Twitter disse apenas que cumpriu a ordem judicial. Os perfis não foram excluídos, apenas suspensos, o que, na prátic, significa que podem ser reativados depois.

Quem é Daniel Silveira

Integrante da ala bolsonarista do PSL, Daniel Silveira é investigado nos inquéritos das fake news e dos atos antidemocráticos, ambos em curso no STF. Ele foi preso após publicar um vídeo em suas redes sociais fazendo apologia ao AI-5 e discurso de ódio contra ministros do tribunal. Depois disso, a gravação foi removida do canal de YouTube do deputado por 'violar a política sobre assédio e bullying' da plataforma.

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Além da prisão, o vídeo lhe rendeu uma denúncia, formalizada pela Procuradoria-Geral da República, por grave ameaça e incitação de animosidade entre o Supremo Tribunal Federal e as Forças Armadas.

Seu destino está agora nas mãos da Câmara dos Deputados. O plenário vai decidir sobre a prisão na tarde desta sexta. A tendência é manter o parlamentar na cadeia: apenas três lideranças, do PSL, PTB e Novo, orientaram as bancadas a votar pela soltura.

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