Em meio aos esforços para aprovar o projeto de reestruturação da Saúde na Assembleia Legislativa, o secretário estadual da Pasta, Dr. Cabeto, vai a Brasília, e terá reunião, na manhã de hoje, com parlamentares da bancada federal cearense, ao lado do governador Camilo Santana (PT).
O pleito é desconhecido por parte do coordenador, deputado Domingos Neto (PSD). “Vai ser a primeira reunião para apresentar o projeto. Não conhecemos as demandas”, declarou. A expectativa é que “quase toda a bancada” esteja presente no encontro.
As negociações com os deputados estaduais, porém, seguem em discussão nos bastidores do Legislativo. Conforme mostrou o Diário do Nordeste na semana passada, parlamentares ainda têm questionamentos em relação à Plataforma de Modernização da Saúde.
Mudanças propostas pelo médico entram em confronto com interesses políticos de deputados, que já articulam emendas à proposta. Duas Mensagens do Governo do Estado sobre o projeto tramitam na Casa. Em busca de apoio, Cabeto esteve na Assembleia na última semana e também já realizou novo encontro com deputados estaduais.
Em entrevista, o secretário reafirmou que a nova política de Saúde tem ao menos três objetivos básicos: acesso, humanização e organização do atendimento. O planejamento, segundo Cabeto, é que a população que usa o sistema público de Saúde possa chegar a uma unidade estadual e ser atendida por meio de um sistema “solidário”.
“Primeiro ponto (é) entender quem é o foco do sistema de saúde, que é o paciente. O que precisa ser feito? Ter um bom profissional e que se precisa treinar, reunir um bom treinamento e bom ambiente de trabalho”, propõe.
Regionalização
Para a Secretaria, o princípio básico do projeto é a interiorização da Saúde. De acordo com o chefe da Pasta, a intenção das matérias que tramitam no Legislativo é garantir que a população tenha acesso mais perto da casa.
A estratégia será dividir o Estado em cinco macrorregiões, estabelecidas em Fortaleza, nas regiões Norte, Sertão Central, Vale do Jaguaribe e Região Sul. “Isso vai fazer, para além de ter sistema mais próximo reduzindo deslocamento, o aumento também do desenvolvimento regional”, diz ele, com o auxílio dos treinamentos, da qualificação e fixação dos profissionais de saúde.
“O que encaminhamos à Assembleia não é simplesmente um processo de legislação sobre as macrorregiões, é uma filosofia política para garantir equidade entre as macrorregiões”, defende.