Em meio à disputa entre Senado e Câmara por recursos do megaleilão de petróleo do pré-sal, o senador Cid Gomes (PDT) criticou o líder do PP na Câmara, Arthur Lira (AL). Ele chamou o deputado de “achacador”, e disse que o Senado não pode virar refém das decisões da outra casa legislativa sobre a destinação do dinheiro.
O Senado quer parcelas iguais para Estados e municípios por meio dos fundos de participação, para que a verba ajude no déficit da Previdência.
Para Cid Gomes, a queda de braço é um retrato do que está “transformando o Senado no subparlamento brasileiro”, com papel “pífio” nas decisões nacionais. “Trabalhei na campanha do deputado Rodrigo Maia (à Presidência da Câmara), mas o que está acontecendo lá é que o presidente está se transformando numa presa de um grupo de líderes liderado por aquele que, podem escrever o que estou dizendo, é o projeto do futuro Eduardo Cunha brasileiro. Eduardo Cunha original está preso, mas está solto o líder do PP que se chama Arthur Lira, que é um achacador, uma pessoa que no seu dia a dia, a sua prática é toda voltada para a chantagem, para a criação de dificuldades para encontrar propostas de solução”, afirmou.
Na sessão na Câmara, minutos depois das críticas, o deputado respondeu ao cearense. “Vai responder a um processo para mostrar e demonstrar onde, quando e em que tema qualquer líder partidário sofreu achaque deste parlamentar”, disse ao chamar o senador de “leviano”, “vulgar” e “pequeno”.
O deputado criticou também a postura do parlamentar cearense em relação à tramitação do conteúdo que é discutido e votado nas duas casas. “Cabe a qualquer uma das casas respeitar a liberdade de pensamento, de expressão, de votação, de uma casa perante a outra”.