Camilo sobre suspensão de concursos: 'não posso ser irresponsável'

A medida anunciada ontem pela Seplag

O governador Camilo Santana (PT) declarou que a suspensão de concursos públicos anunciada na segunda-feira (28) não foi por desejo, mas por necessidade. Segundo ele, diante do cenário econômico que permanece sem perspectivas de melhora no País, é preciso racionalizar custo. "Não posso ser irresponsável em tomar determinadas decisões e comprometer o futuro do meu Estado", declarou o petista nesta terça-feira (28) em uma transmissão ao vivo em sua página no Facebook.

A suspensão dos concursos foi anunciada ontem pelo titular da Secretaria de Planejamento do Ceará (Seplag-CE), Mauro Filho (PDT). Além dos novos certames, nomeações daqueles que já foram aprovados e ainda aguardam a convocação também ficaram sem prazo para acontecer. A expectativa é que a medida seja reavaliada em setembro. 

Camilo defendeu o estilo de gestão de sua administração. "Fui o governador do brasil que mais ampliou investimento em pessoal no ano de 2018", disse, que listou uma série de concursos que foram realizados ao longo de seu primeiro mandato. Entretanto, de acordo com o petista, é preciso um corte nos gastos para assegurar que não haja impacto na máquina pública. "O Estado, para ser bem gerido, precisa de muita responsabilidade para não sair do trilho e não fazer o que fizeram muitos Estados do Brasil", declarou. 

O governador também reafirmou que a medida pode ser reavaliada em setembro, a depender da evolução do quadro fiscal do País. 

A suspensão temporária da seleção e convocação de novos servidores públicos foi anunciada nesta segunda-feira (27) pelo secretário Mauro Filho. Ou seja, todos os concursos públicos estão suspensos até segunda ordem, e quem já foi aprovado - e mesmo quem já passou por treinamento - não deve contar que vai assumir o cargo tão cedo. O anúncio foi o primeiro ato de Mauro após seu retorno ao posto. Ele se licenciou do cargo de deputado federal. 

O trabalhista atribuiu a decisão ao crescimento da folha de pagamento do Estado, que, segundo ele, foi de mais de 9% entre janeiro e abril, em comparação ao mesmo período de 2018. "Foi um aumento de folha muito significativo; o maior aumento do Brasil", afirmou. Os efeitos da medida serão avaliados em setembro.