Internado desde a última quinta-feira (14) para tratamento de câncer, o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), de 41 anos, sofreu piora no quadro de saúde e está com acúmulo de líquido no abdômen e pulmões. A situação clínica é considerada estável.
As informações foram divulgas em boletim da equipe médica do Hospital Sírio-Libanês, nesta quarta-feira (21), durante coletiva de imprensa. Para remover o líquido, Covas passará por drenagem.
Segundo os profissionais, ele poderá receber alta somente após o procedimento. Os médicos também observaram a presença de novas lesões no fígado.
“O prefeito internou para fazer avaliação de rotina. Ele teria alta, mas houve um fato novo. Os exames de imagem mostraram um avanço da doença, tanto no fígado, quanto em lesões ósseas”, explicou o médico Davi Uip, diretor do Centro de Infectologia do Hospital Sírio-Libanês e um dos responsáveis pelo acompanhamento do político.
“O novo tumor causou um acúmulo de líquido na região abdominal e nos pulmões. Foi realizada uma drenagem do pulmão direito e do esquerdo” detalhou.
O prefeito iniciou uma nova fase com tratamento quimioterápico na semana passada que necessitou também de complementação nutricional, feita por sonda no período de sono.
Com o procedimento passou a acumular líquido no pulmão, o que necessitará ser drenado. Segundo David Uip, Covas pretende manter a atividade profissional e continuar despachando do hospital.
Câncer
O câncer do prefeito originou-se na cárdia, uma válvula no trato digestivo, e depois afetou também o fígado. Ele iniciou tratamento ainda em 2019 e evita, desde então, afastar-se de suas funções na prefeitura, limitando suas licenças médicas. No ano passado, ele foi reeleito para mais quatro anos de mandato.
Entre outubro de 2019 e fevereiro último, o prefeito fez oito sessões de quimioterapia. As lesões cancerígenas regrediram, mas não desapareceram por completo.
Em fevereiro, um novo nódulo no fígado foi descoberto. Na ocasião, a equipe médica disse que o câncer no sistema digestivo que ele trata desde 2019 conseguiu "ganhar terreno", mas que ainda era menor do que o primeiro encontrado há dois anos.