Se os goleiros fizeram um punhado de grandes intervenções, ficou claro que os ataques funcionaram dos dois lados.
O Grêmio, a despeito de poupar oito jogadores, entrou em campo como se não fosse o time visitante, dentro do seu estilo de rápida circulação de bola, troca de passes e ocupação do campo contrário.
E isso criou um problema inicial para o Ceará, já que a ação ofensiva do Grêmio se dava em profundidade, com chegadas na área de conclusão. Alisson, Pepê (não esteve bem) e Isaque, receberam um aporte permanente de Thaciano, por dentro, e Cortez, fustigando de forma permanente pela esquerda.
O alvinegro reagiu, alicerçado na boa disposição para defender e buscar o ataque, com Mateus Gonçalves e Leandro Carvalho, abertos pelas extremas, fazendo revezamentos, Cléber no miolo do ataque, importunando os zagueiros.
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Os jogadores “puro sangue” Leandro Carvalho e Fernando Sobral, fizeram a diferença para o Ceará, se lançando no jogo, com uma disposição impressionante.
Dessa forma, as chances de gol jorraram de lado a lado, com grandes defesas feitas por Fernando Prass e Paulo Victor.
Todo mundo se serviu dessas situações para marcar: Isaque, Thaciano e Alisson pelo Grêmio, e Leandro Carvalho e Cléber pelo Ceará, até que o último pegou uma cobrança de falta pelo primeiro e, de cabeça, abriu a contagem.
Num jogo bom de se ver, Ceará e Grêmio levaram a intensidade da disputa para a segunda etapa, até as pernas cobrarem o esforço.
Dedicaram um razoável tempo para reclamar da arbitragem, mas a partida transcorreu em bom nível, com os gaúchos chegando ao empate, numa jogada de Orejuela e Pepê, que Thaciano finalizou.
O destaque dos goleiros não me impede de escolher Fernando Sobral como o craque do jogo.
Fez tudo e mais alguma coisa.