As razões do Clássico

Confira a coluna deste terça-feira (20) do comentarista Wilton Bezerra

Os grandes clássicos da literatura são eternos porque abarcam a complexidade humana.

Trazendo para o lado do futebol, o mesmo pode se dizer, em particular, dos clássicos entre Ceará e Fortaleza.

Mesmo quando esses encontros apontam incompletudes táticas e jornadas individuais infelizes, ainda assim, o jogo oferece qualidade e enormes emoções.

Nada indicava que Fortaleza e Ceará realizassem um jogo com o nível oferecido como no domingo passado.

Entanto, a rivalidade fermenta a disputa de tal forma que os jogadores vão buscar nas entranhas vitalidade e capacidade a mais da conta.

Em jornadas passadas, na gloriosa história das duas locomotivas do nosso futebol, jogos espetaculares ornaram a trajetória do confronto.

Mesmo em fases desfavoráveis de lado a lado.

Como dizia Nelson Rodrigues: “O futebol é de uma complexidade shakespeariana”. Do clássico a uma reles pelada.

Aliás, o futebol é citado na peça “Comédia de Erros”, do bardo inglês.

Nem os números explicam o mistério e o suspense do futebol.