Analisando as três rodadas da pesquisa Quaest para a Prefeitura de Fortaleza, o que se pode inferir é uma alta probabilidade de um segundo turno ocorrer entre os candidatos André Fernandes (PL) e Evandro Leitão (PT). O último levantamento, divulgado na quarta-feira (25), aponta que Capitão Wagner (União) e José Sarto (PDT) permanecem competitivos na busca por uma vaga no segundo turno. No entanto, é necessário que um fato novo aconteça, a menos de duas semanas para o dia da eleição, para que a tendência mude até lá.
Tanto André quanto Evandro têm os índices de rejeição subindo desde o primeiro levantamento divulgado no dia 22 de agosto. As notícias para o petista, porém, são bem mais indigestas.
Evandro viu o seu índice de desconhecimento cair de 38% para 20%. No entanto, boa parte desse potencial eleitor passou a rejeitá-lo, com a fatia de 11 pontos percentuais, enquanto 7 pontos percentuais admitem a possibilidade de escolher o presidente da Assembleia Legislativa como o próximo prefeito de Fortaleza.
A rejeição do petista (43%) é maior que o potencial de voto (36%) – o que precisa ser uma preocupação para a campanha olhando para o segundo turno.
Já o candidato do PL viu o seu nível de desconhecimento cair 21 pontos percentuais, e conseguiu converter a maior fatia dessa parcela em potencial de voto: 15 pontos percentuais. Outros 6 pontos percentuais passaram a conhecer e a rejeitar o deputado federal como candidato a prefeito da Capital cearense.
A rejeição do candidato passou de 26% na primeira rodada para 32% na última. Uma variação desse quesito bem abaixo em relação aos principais concorrentes para essa vaga no segundo turno.
Segundo turno
É claro que o segundo turno, de fato, é uma nova eleição. No entanto, é preciso observar como os números já se comportam às vésperas desse momento eleitoral. Levantamento da Quaest de quarta-feira (25) aponta André Fernandes com 43% quando enfrenta Evandro Leitão, que tem 39%, em um eventual cenário de segundo turno.
Apesar do empate técnico, o candidato do PL toma a dianteira numericamente – dobrando a vantagem de 2 pontos que tinha na pesquisa anterior. Com o embate de apenas duas candidaturas na reta final da eleição, o fortalezense acaba definindo a escolha pelo índice de rejeição. É o que diz a história eleitoral brasileira.
Naturalmente, as candidaturas têm as suas pesquisas qualitativas e entendem o que traz prejuízos à imagem do candidato. Quanto mais cedo os problemas forem sanados, melhor o candidato chegará ao segundo turno, com musculatura competitiva para o duelo final da disputa nas urnas.