Com a proximidade do primeiro Clássico-Rei do ano, no próximo dia 17, a lupa nas atuações de Fortaleza e Ceará sempre aparece. Há sempre uma expectativa para analisar as equipes e projetar como ambas chegarão no clássico pelo Campeonato Cearense. E se depender da última atuação de ambos com seus times titulares, o Clássico-Rei promete ser imprevisível e sem favorito, pois os dois times ainda não engrenaram na temporada.
No domingo de carnaval, Leão e Vovô decepcionaram. O Tricolor de Aço perdeu por 1 a 0 para o CRB em Alagoas, em uma partida ruim coletivamente, além de conhecidos destaques individuais jogarem abaixo. O Vovô recebeu o Altos/PI e arrancou um empate no último minuto no Castelão, mas também atuando abaixo do esperado diante da torcida.
E como no meio de semana as formações devem ser reservas exatamente pensando no Clássico, ambos não passaram no último teste antes do confronto.
Impressões
O Fortaleza já devia apresentar melhor futebol. Ainda que a pré-temporada tenha sido curta, a manutenção da base era um fator determinante para a equipe ter vantagem diante dos adversários. De titular mesmo, apenas Caio Alexandre saiu. Portanto, o entrosamento deveria ter efeito positivo diante de adversários que reformularam seus elencos.
A derrota para o CRB foi a 3º partida seguida que o Leão tem atuado mal. Contra América/RN e Ferroviário já tinha sido abaixo.
O setor de criação foi nulo. Pochettino de meia, Luquinhas, Yago Pikachu e Moisés não renderam nada. O melhor foi Kervin Andrade, que criou os únicos lances perigosos. E a defesa, falhou em momentos decisivos.
Vojvoda tem mudado a escalação a cada jogo - revezando titulares - e não tem dado certo.
Contra o River no Castelão, a tendência é um time reserva - no máximo misto - para reagir antes do clássico.
Vovô arranca empate
O Ceará vinha de goleadas diante de Atlético e Caucaia, adversários notadamente fracos, mas apresentando bom momentos. O Altos/PI seria um adversário de nível melhor e a tendência era uma vitória sem sustos.
Só que a equipe de Vagner Mancini não rendeu o esperado. A equipe foi lenta e com movimentação previsível em campo.
Além de todos os problemas citados, a equipe não finalizava. Recalde mais uma vez abaixo, sem ser o meia participativo que foi no Newells, e Facundo Castro errando tudo que tentou, seja em passes ou lances no um contra um, e Aylon preso na marcação, raramente sendo acionado.
Na marcação, Castilho e Richardson - dupla inédita na temporada - também cedeu espaços ao Altos e não marcou como esperado. A zaga também foi insegura, com Lucas Ribeiro claramente abaixo.
Quem salvou o Vovô foi Barceló, que acertou a trave nos acréscimos e a bola sobrou para Pulga - o melhor jogador do time na temporada - marcar. Também é muito pouco.