Análise: Brasil não evolui em dois jogos com Dorival nas Eliminatórias e preocupa

Seleção Brasileira cria pouco nos dois jogos e terá que evoluir em outubro para a sequência das Eliminatórias

O saldo dos dois jogos do Brasil nas Eliminatórias em setembro é negativo. A vitória magra diante do Equador por 1 a 0 em Curitiba, e a derrota pelo mesmo placar para o Paraguai em Assunção foram exemplos de futebol ruim, apático e bem abaixo do esperado para uma Seleção Brasileira.

Pelos jogadores que tem, a equipe de Dorival Junior era pra jogar muito mais. O time não evoluiu nada em relação a campanha da Copa América, que já fui ruim, parando nas Quartas para o Uruguai.

O jogo coletivo da Seleção Brasileira não existiu nos dois jogos.  E quando coletivo inexiste, as individualidades também não aparecem. Claro que não há nenhum fora de série na seleção, mas há bons jogadores. Alguns ótimos. Mas falta mais dinâmica, mais entrega e agressividade para este grupo. Ele aceita demais a passividade do jogo. 

O setor de criação é muito ruim, com Lucas Paquetá estando muito mal. Ele não cria nada. André e Bruno Guimarães são volantes que tem qualidade, mas pouco criam. E na frente, Rodrygo, Endrick e Vini Junior também pouco fizeram.

Vini Junior fez dois jogos ruins, com um ou outro lampejo. Ele não consegue ganhar jogadas no um contra um, e nem tem apoio de companheiros para as jogadas.

Endrick não conseguiu jogar de centroavante, e Rodrygo, nem ser o meia que Dorival tentou contra o Equador, ou jogando pela ponta contra o Paraguai. Quando Dorival tentou João Pedro de centroavante do 2º tempo diante do Paraguai o time melhorou.

Mas é pouco. Muito pouco. Claro que em momentos de pressão não é o cenário ideal para que Estêvão e Luiz Henrique desequilibrem entrando na etapa final, mas eles precisam de mais minutos.

Em suma, o Brasil não jogou nada nos dois jogos que fez em setembro e terá em outubro jogos contra os fraquíssimos Chile (fora) e Peru (em casa).

O 5º lugar nas Eliminatórias incomoda, pois a Seleção tem 10 pontos, mas Venezuela (6º com 10), Paraguai (9) e Bolívia (8º com 9) estão próximos. Seis vão diretamente para a Copa do Mundo de 2026 e o Brasil estará lá, pelo grande número de vagas. Não pelo futebol apresentado.

A campanha é muito ruim, e Dorival tem material humano para a Seleção render mais. Muito mais.