Diário do Nordeste

Setor de restaurantes pede fim da obrigatoriedade de máscaras no Ceará

Pauta ainda não foi apreciada no Comitê que define as medidas sanitárias da pandemia

Escrito por
Victor Ximenes producaodiario@svm.com.br
(Atualizado às 11:11)
Restaurante

O setor de bares e restaurantes no Ceará, representado pela Abrasel-CE, demanda o fim da obrigatoriedade do uso de máscara pelos clientes nos estabelecimentos.

Conforme o presidente da Associação, Taiene Righetto, o pedido foi enviado a integrantes do comitê que define as diretrizes de medidas de combate à pandemia no Estado. A associação, no entanto, ainda não obteve retorno.

"Na semana que vem, na próxima reunião do comitê, vamos abordar essa demanda. Nossa solicitação é pela flexibilização. Quem quiser continuar usando (a máscara), tudo bem, mas queremos o fim do uso obrigatório. Tem sido cada vez mais difícil para o setor fazer o controle disso internamente e quem acaba sofrendo punição são as empresas", diz Righetto.

Comércio também apoia demanda

Ele afirma que o objetivo é colocar o tema na mesa para que as autoridades da saúde possam analisá-lo com profundidade. Diz ainda que a pauta tem apoio das entidades representantes do comércio cearense, CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) e Fecomércio.

Acionada pelo Diário do Nordeste, a Secretaria de Saúde do Estado (Sesa) respondeu, em nota, que "a flexibilização do uso de máscaras não foi discutida na última reunião do Comitê Estadual de Enfrentamento à Covid-19".

A demanda faz parte de uma articulação nacional do setor de restaurantes pela flexibilização das máscaras.

Para defender a pauta, a Abrasel cita o caso do Rio de Janeiro, que dispensou o uso da máscara tanto em locais abertos como em fechados.

“Com os índices da Covid baixos e os sistemas de saúde funcionando sem sobrecarga, não há motivo para manter restrições. Na Dinamarca, estádios estão funcionando com capacidade máxima, bares e restaurantes estão abertos sem nenhum tipo de restrição e a máscara e o passaporte vacinal não são mais obrigatórios”, afirma o presidente-executivo da Abrasel nacional, Paulo Solmucci.