Muitos, facilmente dizem que tem muitos amigos. Mas, será que são muitos mesmos? Basta responder algumas poucas perguntas. Tipo: Ele sabe da sua verdadeira história de vida? Quando está com um problema sério, você logo lembra dele como quem com certeza poderá contar? Você se sente à vontade para se abrir e se mostrar sem receio de ser julgado? Todas essas perguntas poderiam ser feitas a ele em relação a você? Segundo Louisa May Alcott, escritora norte-americana: “Bons livros são como bons amigos: são poucos e estão todos escolhidos”.
A psicóloga canadense, Susan Pinker no livro “O efeito Aldeia: como o contato presencial pode nos deixar mais saudáveis e felizes”, (em tradução livre), publicado em 2014, nos diz: “Há milhares de estudos mostrando a importância de fazer exercícios para a longevidade, mas é mais importante não estar sozinho”. Falou a escritora, em entrevista para Marcel Hartmann, da agência RBS.
“Investir em amigos, familiares e comunidade protege o coração, ao combater o estresse”, defende Aloyzio Achutti, cardiologista e epidemiologista, ex-conselheiro da OMS ( Organização Mundial de Saúde).
Existem relacionamentos para aqueles momentos de “jogar conversa fora”, que podem até ser superficiais.
Mas aqui, conversaremos sobre uma relação que envolve amor e compromisso. Falaremos de amizade.
Para Mário Quintana, a amizade é um amor que nunca morre. E, para mim, pode até morrer um dia, mas se for amizade de verdade, dificilmente isso acontecerá.
Na amizade encontramos um sentimento de afeição, de dedicação, de cuidado. Temos a certeza de podermos contar com esse alguém independente da situação. Se os tempos são de alegria ou tristeza, se estamos na abundância ou na escassez.
É muito bom estarmos na companhia de um amigo. Não tem tensão porque nos conhecemos, sabemos da nossa luz e da nossa sombra. E mesmo assim, gostamos um dos outro.
Ele se sente à vontade para falar o que gosta e o que não gosta de si e de nós. É sincero! Sabe o momento de falar e de calar. O momento de agir e de esperar, baseado no bem querer.
Por ser humano, pode até falhar conosco ou vice-versa. Sofremos com a decepção. Após nos afastarmos por um tempo, que não pode ser muito demorado. Depois de um bom diálogo, reatamos a convivência e reaquecemos a amizade.
Pode acontecer também, de nos distanciarmos e perdermos esse amigo. O que pode indicar que a amizade não fosse tão profunda como pensávamos. Ou simplesmente não fosse recíproca e nem percebíamos.
Nós sentimos necessidade de estar com ele. Às vezes, até mais do que de um familiar consanguíneo. Felizes aqueles que tem num familiar um verdadeiro amigo.
Existem pais que não são amigos dos filhos e vice-versa. Irmãos que não vivenciam a amizade. Tem até casais que dizem que se amam e não são amigos. Tudo porque antes da aceitação e acolhimento vem a exigência. Cobram que o outro tenha a obrigação de ser ou fazer o que ele quer ou acha certo.
Tenho dito que: Nós podemos até esquecer de alguém que se divertiu e sorriu conosco, mas jamais esqueceremos de alguém que esteve ao nosso lado quando sofremos e choramos. Esse é o amigo. Um verdadeiro presente.
Enfim, cabe a cada um de nós avaliar o quanto temos cuidado responsavelmente dessas pessoas tão especiais na nossa vida. Se você não tem feito isso, corre, não perde tempo e declara seu amor a ela.
Paz e bem!
*Esse texto reflete, exclusivamente, a opinião do autor.