Quando a bola deixa de rolar, abre-se o espaço para as conversas de bastidores. E de corredores. O disse me disse e o disse não disse correm soltos pela “rádio peão”. Correto mesmo é observar a posição oficial dos clubes. Assim, o risco de uma barrigada fica bastante reduzido. Hoje, com as redes sociais e a velocidade da informação, torna-se muito difícil o que se convencionou chamar de “furo”.
Às vezes, a ninguém pertence a informação exclusiva, mas há quem descaradamente se anuncie como pai da criança. Há esperto para tudo. E há bobo para tudo também. Antes do advento da Internet, era viável o furo. O profissional, com boas fontes, guardava para si “segredos de estado” e os revelava ao sabor de suas próprias conveniências. Hoje, quem guardar informação acaba sendo surpreendido pelo gato.
O imediatismo tomou conta de tudo. E fica difícil saber quem exatamente divulgou primeiro. Verdades e especulações se misturam nesta época de bola parada. Muitas vezes a especulação surge com todas as aparências de verdade verdadeira. E confunde até mesmo os cronistas mais atentos. Além disso, há também empresários que cuidem de divulgar os nomes de seus interesses.
“Bomba”
A época das bombas de mil megatons já passou. Nas décadas de 1960 e 1970, havia programa radiofônico que anunciava uma bomba para o final da edição. Aí prendia os ouvintes. Hoje, se alguém agir assim, perde logo a audiência, pois acontecerá exatamente o contrário, ou seja, o ouvinte irá em busca de outras plataformas. É tudo relâmpago.
Posições
O Ceará tem problemas na lateral-direita desde que Samuel Xavier foi embora. O ano passou e o problema persistiu. O mesmo se pode dizer com relação ao comando de ataque. Desde a saída de Arthur Cabral, ninguém mais se estabeleceu na posição. Resolver o problema do comando de ataque é bem mais difícil que o problema da lateral-direita.
Índice
Tenho notado que o índice de acerto do Fortaleza nas contratações é muito maior do que o índice dos concorrentes. Pelo visto, a equipe de avaliação composta no Pici não se deixa levar pelas especulações. O monitoramento é permanente. Quando chega o período de definição, o mapeamento já permite o contato direto com os atletas que há muito estavam sendo observados.
Equilíbrio
O trabalho de contratações no Fortaleza e no Ceará agora tem sido muito profissional. Há algumas décadas, se falava na existência de “rachadinha” nas contratações. Sempre tratei da questão com muito cuidado, pois colocaria na berlinda a honra de terceiros. Além disso, difícil seria o ônus da prova. Mais um produto das perigosas especulações.