O êxito do Ceará

Um balanço da produção alvinegra em 2020 revela resultado positivo. A princípio, a perda do título cearense pareceu duro golpe no planejamento, máxime porque a derrota foi para o Fortaleza. Mas o título da Copa do Nordeste e a vaga na Sul-Americana na Série A nacional compensaram os senões cometidos no “estadual”. Houve certa frustração na Copa do Brasil, mormente pela goleada sofrida diante do Palmeiras no Allianz Parque (3 x 0). Mas os tropeços foram esquecidos com as boas posições posteriores. Dentre as vitórias mais marcantes, a conquistada diante do Flamengo, no Maracanã (0 x 2), alcançou significativa repercussão pelo estágio do Mengão, campeão brasileiro que tem tudo para repetir o feito amanhã no Morumbi. De positivo também o notável desempenho de Vina e de Fernando Sobral, a retomada do goleiro Richard e o aproveitamento de Clebão. A propósito, foi decisiva a participação de Clebão na conquista da Copa do Nordeste. Ele marcou gols importantes, principalmente em jogos de definição. Referência especial merece o técnico Guto Ferreira. Soube tirar o melhor proveito do grupo, mesmo quando os desgastes começaram a comprometer a produção.  

Mais 

O Ceará entra no quarto ano de participação na Série A nacional. Isso lhe garante melhor remuneração e consolida uma posição que antes era olhada com desdém, ou seja, seria sempre um coadjuvante de participação efêmera.  

Revisão 

A permanência do Fortaleza na Série A oferece ao Leão a oportunidade de rever os equívocos que o levaram a vexames e humilhações. Há que levar em conta o natural desgaste do grupo imposto pelo tempo. Gradualmente os seguidos insucessos acabam gerando comprometedora insegurança. 

Bonito 

Mais uma vez o futebol cearense tem a oportunidade de competir na Sul-Americana. Mais que garantir a participação, já é hora de buscar resultados significativos também numa competição internacional. Alargar horizontes é isso. É o que espero do Ceará nesta nova participação. 

Pílulas 

Os campeonatos estaduais resistem bravamente, apesar dos percalços. Sempre fui admirador dessa competição porque nela está a origem de tudo. Primeiro no Brasil houve êxito no Rio e em São Paulo. Depois nos demais estados. Só depois tiveram origem as competições nacionais.