O baixo nível técnico da Copa Sul-Americana

Legenda: "O La Guaira e o General Cavallero são limitados demais", diz Tom Barros

A goleada (6 x 0) que o Ceará aplicou no time paraguaio, General Caballero, levantou um questionamento sobre a qualidade técnica da competição. Antes, já havia sido observada a fragilidade do La Guaira, da Venezuela. Então, no Grupo G, de qualidade somente o Ceará e o Independiente. Não foi apenas pelo placar elevado (6 x 0) que o questionamento surgiu. Se assim fosse, o que diríamos da Seleção Brasileira que, em casa, tomou 7 a 1 da Alemanha em plena Copa do Mundo? Iríamos questionar a qualidade técnica da Copa do Mundo? São fatos isolados que acontecem.

Aqui se trata da qualidade do jogo. O La Guaira e o General Cavallero são limitados demais. No ano passado, quando o Ceará pagou o alto preço de não saber administrar o oxigênio ao atuar em altitudes significativas, também já restou patente o nível menor da competição. Bolívar e Jorge Wilstermann apresentaram fraco desempenho. Síntese: na fase de grupos, a Copa Sul-Americana, com raras exceções, deixa muito a desejar. Da segunda fase em diante, com o ingresso dos clubes mais qualificados, certamente terá um grau de exigência maior. Por enquanto, não acrescentou nada. 

 

Próximas etapas 

 

Quando questiono o nível da Copa Sul-Americana, a segunda maior competição das Américas, faço uma ressalva sobre as minhas apreciações. Refiro-me à fase de grupos. O futebol cearense ainda não teve a oportunidade de passar para a segunda fase que, teoricamente, até pela entrada dos times oriundos da Copa Libertadores, deve ter o nível mais elevado. 

 

Passagem 

 

 

É bem provável que o Ceará, com a vantagem obtida sobre o Independiente, consiga passar para a segunda fase da competição. Confirme a sua vaga em Buenos Aires na próxima quarta-feira, dia 25. Aí, sim, será possível verificar melhor o nível da Copa Sul-Americana. Até aqui, a qualidade é bem inferior ao rótulo pomposo que tem com competição internacional. 

 

Postura 

 

Independentemente dos recentes resultados do Fortaleza, admiro muito a postura do técnico argentino Juan Pablo Vojvoda. Sério. Não usa de atitudes espalhafatosas para aparecer. Mantém-se discreto. Quando muito, uma vibração maior nas conquistas. É simples. Trata com o maior respeito os integrantes da imprensa. Vojvoda é muito competente. 

 

Um foguete 

 

Nos jogos mais recentes, máxime na vitória sobre o Flamengo, Mendoza destacou-se pela vontade de jogar, alegria de jogar, prazer de jogar. Solto, sorriso aberto, dedicado, voluntarioso. Que bom. Vive, no meu modo de entender, um de seus melhores momentos desde que aqui chegou. Quando dispara, só mesmo um Usain Bolt para o alcançar.