Vários órgãos de comunicação elaboraram listas com os melhores jogadores do primeiro turno da Série A. O assunto é subjetivo. Além disso, não há como os cronistas analisarem todos os jogos porque vários no mesmo dia e hora. Não há tempo para verificação minuciosa de quem foi destaque em cada partida. Assim, a seleção pode apresentar senões. Há jogadores que realmente merecem estar nas listas elaboradas. Cito, por exemplo, Arana, Arrascaeta, Bruno Henrique e Hulk. Tudo bem. O técnico do Fortaleza, o argentino Juan Pablo Vojvoda, merecidamente foi escolhido como o melhor. Mas, na minha observação, ficou fora um nome que fez partidas excepcionais: Fernando Sobral. Não vi ninguém no Brasil com tanta energia. Em momentos, parecia onipresente. Até citei que Fernando Sobral parecia ter quatro pulmões. Mas, tudo bem, vida que segue. Não é por isso que Fernando diminuirá a intensidade de sua participação. Aliás, agora sob o comando de Tiago Nunes, o Ceará pode apresentar surpresas em todas as posições, ao gosto do novo treinador. Entretanto, quero crer que Fernando Sobral é “imexível”, como diria o ex-ministro do Trabalho Rogério Magri.
O novo treinador do Ceará, Tiago Nunes, está tendo razoável tempo para montar o time a seu gosto e perfil. Digo razoável tempo porque ele pegou um período em que a Seleção Brasileira ocupou o calendário. Entretanto, ainda assim não é um tempo suficiente para conclusões definitivas, pois como dizia Didi, o Folha Seca, “treino é treino e jogo é jogo”.
A frase é batida, manjada: “Treino é treino e jogo é jogo”. Mas, examinando-se bem, traduz a experiência de quem conhecia tudo de futebol. No treino, jamais o atleta tem o empenho na medida das cobranças em jogo oficiais, máxime os decisivos. É como fazem os cantores: passam o som. Cantar mesmo, para valer, só na hora do espetáculo.
Abriu-se o debate: o Fortaleza está ou não em declínio. A palavra declínio é mais adequada aos times em queda livre, que sofrem uma sequência de derrotas. Se a sequência for resultado da queda de produção, tudo bem. Se, porém, for de erros individuais, há que se analisar melhor o caso, pois pode ser simples oscilação, fato comum nos certames de longa duração.
Hoje, no programa A Grande Jogada, comandado por Antero Neto na TV Diário, uma homenagem ao ex-meia Magela, campeão do Nordestão de 1969 pelo Ceará. O Vozão perdia para o Remo (0 x 2) e precisava virar para provocar o terceiro jogo. Magela jogou como um bravo. Ele diminuiu para 2 a 1 (22’, 2ºT). Chicletes empatou 2 a 2 (32’, 2ºT). Gildo virou 3 a 2 (43’, 2º T).