A temporada da Série A nacional chega ao fim hoje. Alguns times em paz, com o sentimento do dever cumprido. Outros, porém, nos embaraços próprios de quem deixa tudo para a última hora. A rigor, o Fortaleza festeja uma campanha memorável, com vaga inédita na Copa Libertadores da América. O Ceará, que também faz bela campanha, ainda sonha com a Libertadores, embora dependa de uma série de combinações. No cômputo geral, foi um ano muito bom.
Um ano de avanços, onde restou provado que ousar com responsabilidade leva a posições antes consideradas inalcançáveis. A experiência adquirida permite sonhar mais alto ainda. Para trás ficaram as marcas doloridas de passagens nas séries menos importantes. Há algum tempo, a meta era não cair.
Agora, a meta é subir de posição, ou seja, se estabelecer entre os primeiros. Na frente do Fortaleza só estão Atlético (campeão brasileiro), Flamengo (vice-campeão brasileiro), Palmeiras (campeão da Libertadores) e Corinthians.
Independentemente dos resultados de logo mais, há motivos claros para comemoração dos cearenses. Ruim foi para Pernambuco que, com o rebaixamento do Sport, ficou sem representante na elite.
Agonia
O Vitória da Bahia caiu para a Série C. Não é a primeira vez que isso acontece. Em 2006 o Vitória passou maus momentos na Série C. Foi inclusive derrotado pelo Ferroviário no Estádio Presidente Vargas. Mas é bom não esquecer que em 1993 o Vitória foi vice-campeão brasileiro da Série A, numa decisão com o Palmeiras. Como as coisas mudaram.
Destaque
Hulk, o incrível. Um dos melhores da competição. A artilharia, que ele comanda, é apenas um reflexo de seu excepcional momento. Força física, velocidade, serviço e gols. Não é preciso dizer mais nada. Aliás, acho até que ele está no auge da produção, melhor até do que no período em que atuou no futebol europeu.
Título
Já é hora de os clubes cearenses pensarem em título de campeão brasileiro da Série A ou ainda não há cacife para isso? Quero acreditar que o amadurecimento levará a uma reflexão onde seja possível separar sonho e realidade. No momento há nítida fase de avanços. Entretanto, ainda não dá para um projeto tão ousado.
Melhores
É difícil escolher os melhores, máxime numa competição légua-tirana, onde os jogadores variam muito de produção. Mas cito dois atletas que fizeram a diferença. Não produziram bem durante todo o certame, mas, numa soma geral, Lucas Crispim e Fernando Sobral estiveram acima da média durante quase todo o certame.