Corinthians e Cuiabá, as pedras no caminho

A 30ª rodada será de fundamental importância para definir as estratégias dos cearenses na Série A

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Situações diferentes Fortaleza e Ceará viverão neste fim de semana. A 30ª rodada será de fundamental importância para definir as estratégias que os representantes cearenses terão de usar nos oito últimos jogos da competição. Pesarão não apenas os pontos de cada competidor, mas também o número de vitórias e o saldo de gols, elementos que podem, dependendo das circunstâncias, remeter à Libertadores ou à eliminação. No ano passado, por exemplo, o Fortaleza permaneceu na elite exatamente pelo saldo de gols.

Em 2020, o Leão e o Vasco da Gama tiveram o mesmo número de pontos (41) e o mesmo número de vitórias (10). No saldo de gols, o Fortaleza com onze gols de saldo permaneceu na Série A. O Vasco, com sete, foi rebaixado. Hoje o Fortaleza vive outro cenário. O Leão mira a Libertadores. Sim, mas o saldo de gols também leva à Libertadores. Já o caso do Ceará é afastar-se mais da zona maldita e, concomitantemente, mirar a Sul-Americana. As pedras nos caminhos de tricolores e alvinegros são dois times de perfil bem diferentes: Corinthians e Cuiabá. O primeiro tem história na elite; o segundo é ascendente. Ambos, porém, no momento, muito perigosos. 

Consequência 

É comum, na reta final de um certame légua tirana, as equipes terem maiores problemas de contusão. O desgaste físico da temporada termina estourando muitos atletas, vítimas do massacre de um calendário extremamente cruel. Não tenham dúvidas de que as muitas contusões no Leão são consequência disso.  

Elenco 

O técnico Vojvoda, sem cinco jogadores fundamentais, terá de buscar no elenco quem melhor poderá produzir para assegurar o elevado padrão que, por exemplo, Lucas Crispim e Yago Pikachu garantem ao Leão. O mesmo se pode dizer da ausência de Ederson. Síntese: chegou a hora do elenco responder à altura o que a situação emergencial está a exigir. 

Amanhã 

O Ceará tem o elenco à disposição do técnico Tiago Nunes. No Vozão, creio, a questão é mais psicológica que física. O time deu sinais de estar inteiro. Deixou transparecer isso quando bravamente, com um jogador a menos, garantiu a vitória sobre o Fluminense. Não pode, porém, pensar em outro resultado que não seja a vitória. Tipo do jogo onde ganhar virou obrigação. 

Obrigação 

As coisas podem ser tornar mais complicadas, quando se coloca a obrigação de ganhar. Isso pode prejudicar pela pressão daí decorrente. Mas é a pura verdade. Um tropeço amanhã, em casa, trará de volta todos os complexos que foram banidos, quando da vitória sobre o Fluminense. Estabelecer uma sequência de vitórias é uma necessidade para as pretensões do Vozão.