As contradições de Ceará e Fortaleza

Confira a coluna desta quarta-feira (1)

Legenda: Equipes se enfrentam nesta quarta-feira (1)
Foto: Thiago Gadelha/SVM

Nos dias de clássico maior, há sempre uma repetição de clichês. Um deles, talvez o mais usado: clássico nivela. Mas nem sempre nivela. No ano passado, em jogo pela 33ª rodada da Série A nacional, o Fortaleza estava numa fase oscilante. O Ceará aplicou uma goleada no Leão: 4 x 0. Coisa rara de acontecer no confronto entre os dois. Então, nem sempre o clássico nivela. Há exceções. Depois dessa derrota, o Fortaleza completou cinco jogos sem vencer, mas seguiu em sexto lugar no Brasileirão.

O Ceará, com a vitória, seguiu em 10º lugar. Muitos dos protagonistas daquele jogo estão aí. Na edição de hoje, uma situação estranha e incômoda: ambos na zona de rebaixamento. E o mais inacreditável: o Fortaleza, mesmo com o bom time que tem, está na lanterna. Contradições incríveis: Fortaleza e Ceará vão muito bem nas competições internacionais, mas, no plano interno, um fracasso. Há problemas nas duas equipes. Simplificando: pelas circunstâncias atuais, está difícil opinar, mas o mais provável é prevalecer mesmo o equilíbrio. Se houver vitória fácil, quer do Fortaleza, quer do Ceará, será mais uma contradição dentre tantas que estão acontecendo na presente temporada.  

Desfalques 

As ausências de Mendoza e Bruno Pacheco serão muito sentidas. Quanto a Bruno, a substituição é mais fácil: Victor Luís tem tido boas participações. Quanto a Mendoza, a história é outra bem diferente. No momento, não há no elenco do Ceará nenhum jogador com o mesmo potencial do colombiano. É único.  

Ala 

No Fortaleza, a lesão sofrida pelo ala Tinga é preocupante. A propósito, também no elenco tricolor não há para a posição nenhum jogador com o potencial de Tinga. Com ele, o lado direito do Leão é agudo. Sem ele, torna-se menos incisivo. Não quero aqui desqualificar os substitutos do atleta. Apenas ressalto uma verdade: Tinga em forma faz a diferença. 

Posição 

Com 12 pontos ganhos, o Ferroviário é o sétimo colocado na faixa de classificação na Série C nacional. Tudo bem. Mas precisa abrir melhor distância dos concorrentes. O Ypiranga-RS, que está fora da faixa classificatória (9º), também tem 12 pontos. E o Botafogo-SP, 10º, tem 11 pontos. A margem é apertada. É fundamental ganhar do Paysandu, domingo, no PV. 

Os rivais 

O Estado da Bahia, que já teve dois times na Série A, hoje está assim: o Bahia está no G-4 da Série B (3°,16 pontos), com amplas condições de subir para a Série A. O Vitória, complicado, é apenas o 12º da Série C. Pernambuco tem o Sport no G-4 da Série B (4º, 15 pontos), com boas condições de subir para a Série A. Já o Náutico (17º) está na zona de rebaixamento da Série B. Pode cair para a Série C. 



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