Segurança absoluta à delegação tricolor

Leia a Coluna desta sexta-feira (24)

No dia 21 de fevereiro deste ano, o Sport recebeu o Fortaleza na Arena Pernambuco. O jogo foi válido pela fase de Grupos da Copa do Nordeste. Deu empate (1 x 1), gol de Moisés para o Fortaleza, gol de Gustavo Coutinho para o Sport. Até aí, tudo bem. Entretanto, após o jogo, quando o ônibus do Fortaleza deixou o estádio, foi violentamente atacado por torcedores do Sport. Um verdadeiro atentado. Seis atletas sofreram ferimentos e tiveram de ser atendidos em um hospital de Recife. 

 Domingo próximo, no mesmo local, ou seja, a Arena Pernambuco, o Sport voltará a receber o Fortaleza. Agora, a disputa será mais importante, pois valerá uma vaga na final da Copa do Nordeste. Visando a evitar a possibilidade de novas manifestações contra o tricolor cearense, as autoridades da área de segurança pública do Recife tomaram providências especiais. 

Segundo o plano elaborado, haverá total proteção à delegação tricolor, dentro e fora do estádio, nos trajetos do ônibus e no local da hospedagem. Enfim, um perfeito trabalho logístico capaz de neutralizar todo e qualquer ato de violência que venha a ser tentado contra a delegação do Fortaleza. 

Que assim seja. 

 

Cenário 

 

Na minha avaliação, será de fundamental importância a separação dos cenários. Explico: nenhum proveito terá o Fortaleza, se se deixar levar pelos temores decorrentes do que houve dia 22 de fevereiro passado. Tal episódio tem de ser esquecido, exatamente para não influenciar negativamente no rendimento do grupo tricolor em campo. Página virada. 

Diferença 

 

No momento do jogo de domingo próximo, será importante ao Fortaleza não lembrar o atentado. Terá de concentrar atenções nas quatro linhas. Focar o jogo. Viver o jogo. Buscar o que lhe interessa. E não entrar em qualquer clima de provocação. É aí que o Fortaleza fará a diferença.  

 

Punição 

 

O que foi dito no tópico anterior vale apenas para o momento da realização do jogo na Arena Pernambuco. Depois disso, o Fortaleza terá de continuar a sua luta no sentido de ver exemplarmente punido o grupo que praticou o atentado do dia 22 de janeiro. Se bem que, pelo andar da carruagem, o caso parece ser mais um a entrar para o rol das enganosas punições. 

Impunidade 

 

O Brasil, lamentavelmente, continua sendo visto aqui e principalmente no exterior como um espaço aberto à impunidade. Depois de condenado, rapidamente o punido alcança o regime semiaberto, que não passa de um faz de conta, ou seja, o condenado ganha a liberdade praticamente como se nada tivesse cometido.  

 

 

Liberdade 

 

A turma que praticou o atentado contra o ônibus do Fortaleza já está em liberdade. Talvez até cantando “Liberdade, Liberdade, Abre as Asas sobre Nós”. E não duvido que eles consigam estar no estádio, disfarçados de torcedores civilizados. Neste país chamado Brasil, eu não duvido de mais nada.